quinta-feira, 17 de novembro de 2016

MOMENTO DE PREOCUPAÇÃO, 'MOTIVOS PARA DESCONFIAR DE MINHAS VERDADES'... - POR LUIZ SAUL




Sei não, mas ando tendo motivos para desconfiar de algumas de minhas verdades. E isso é quase uma virtude porque me livra da estreiteza do pensamento e da intolerância. 


Até aqui, confirmo minhas avaliações sobre aqueles antigos ocupantes do Planalto, sobretudo agora que o Lula, burlesco e caricato sobre a campanha que chama de quase satânica, resolveu processar o autodenominado jesuíta Delcídio do Amaral por injúria e difamação, depois que este, além de entregar os sócios ao Juiz Moro, concedeu entrevista ao repórter Cláudio Tognolli, da JP, afirmando que, no caso da delinquência institucionalizada, o Barba era um presidente atuante. Cabe em 30 laudas o eufemismo para dedurar o ex-chefe! 

Igualmente reafirmo o conceito sobre aquela ex-presidente que, como o Lula, também se afirmava honesta, mas que, segundo consta, está sendo citada por 18 vezes na delação do Marcelo Oderbrecht a respeito da constituição irregular do butim para a reeleição em troca da garantia de liberações dos dinheiros do BNDES. Aqui e acolá o selo da honestidade pessoal era a única exterioridade que lhe restava e agora não mais.

Mantenho a percepção sobre os asseclas travestidos de conselheiros do gabinete palaciano que amparavam o projeto de poder e que só aquela madama não percebia a fraude e inautenticidade que protagonizava. No momento, apesar de desaparecidos, não perdem por esperar. Com as violas nos sacos e os respectivos entre as pernas, fugiram da mulher como se fora da diaba. 

É verdade que ainda sobram restolhos daquelas épocas, como, por exemplo, a concessão ao oportunista Guilherme Boulos, do MTST, da Medalha do Mérito Legislativo da Câmara. Ao propor a homenagem ao gérmen de terrorista, o PSOL – que continua sendo um puxadinho ideológico do PT – deve haver considerado patriótico e legítimo a queimação de pneus, as invasões de propriedades públicas e privadas e as depredações.

É verdade também que, como consta, os farelos da bagaceira petista ainda resistem e estão intentando desligar a TV Justiça como forma de impedir, por exemplo, as transmissões dos julgamentos direto do plenário do STF, no qual as entranhas da criminalidade nacional são expostas aos incautos eleitores, ao vivo, inclusive as delinquências dos chamados representantes do povo. 

Mas, afora isso, mesmo concordando com a afirmação do Ministro Barroso de que o “Juiz Sérgio Moro presta importante serviço ao país”, venho me ressentindo de algo que poderia ser chamado de ausência isonômica.

Com efeito, ainda que o universo das culpas pelas corrupções esteja efetivamente mais adstrito ao pessoal do PT, outros tantos aliados de então, pertencentes a outras legendas, embora denunciados ou mesmo indiciados, aparentam tratamento diferenciado, sem o mesmo afã e sofreguidão com que justa e corretamente são apontados os petistas. É o que parece quando se olha para o Renan, Collor, Jucá, para citar alguns morubixabas, além do que, no STF os processos parecem convergir para a prescrição. O Eduardo Cunha, pelo tamanho do escândalo e pelo desafio, foi uma espécie de ponto fora da curva. 

Entrementes, se este é um momento de preocupação, surge outro no horizonte, pois parece que o Bolsonaro está procurando uma legenda robusta para se lançar candidato no ano 18. 

Seria um Trump tupiniquim?


Por: Luiz Saul Pereira
         Brasília - DF

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