terça-feira, 27 de dezembro de 2016

POR ONDE DEVERIA COMEÇAR A "REFORMA DA EDUCAÇÃO" - POR EDNALDO BEZERRA



Quem, na juventude, não foi adepto do socialismo? Como não querer uma sociedade onde haja “justiça social”? Quando a gente é jovem, influenciado sobretudo por nossos professores nas universidades, nos encantamos com o marxismo e ficamos sem entender como é que pode haver pessoas que são contrárias a tais ideias. Nesse mundo elas não deveriam existir... Mas aí é que está, elas existem. Surgem, então, a intolerância e o desejo de eliminar os opositores. É por isso que todo regime comunista é opressor e criminoso. Para quem pensa diferente, o comunismo é um inferno. Acaba-se um bem precioso da vida: a liberdade de se expressar.

Um regime assim não pode dar certo em canto nenhum. Além da falta de liberdade, e como a riqueza supostamente deve ser distribuída de modo igualitário, a tendência é que haja a acomodação dos assistidos e o desestímulo de quem produz. O estado cresce, toma conta das atividades econômicas, mas ele é ineficiente e não consegue competir com o livre mercado, o resultado é a estagnação, a miséria, o sofrimento. É claro que, para se perpetuarem no poder e viverem na opulência, os governantes e os seus apoiadores precisam de recursos financeiros, e aí vem a corrupção – os mensalões e os petrolões da vida. Não vou me alongar nesse tema, mas sugiro-lhes, meus amigos, a leitura do livro “A revolução dos bichos”, de George Orwell, que demonstra de forma espetacular a aberração do socialismo.

Pois bem, apesar de tudo, as ideias marxistas e líderes como Fidel Castro, por exemplo, até foram necessários (digamos assim) para servir de contrapeso ao capitalismo selvagem. No entanto, a revolução industrial ficou no passado; hoje, a visão capitalista evoluiu e há legislações que protegem o direito dos empregados; ou seja, não existem mais oprimidos e opressores, e sim parceiros na construção da riqueza e de um mundo melhor.

Portanto, é lamentável observar, atualmente, professores universitários com uma visão de mundo tão restrita. Alguns deles, inclusive, defendendo a volta do PT, pregando ideias retrógradas, fazendo greves, incentivando ocupações nas escolas, apoiando protestos de desordeiros que bloqueiam as estradas e causam tumulto nas cidades, e por aí vai. O pior é que a “intelectualidade” brasileira é formada nessas academias, a coisa virou um círculo vicioso. Essa minoria (claro, esse pessoal faz parte da casta de apoiadores a que me referi no segundo parágrafo) pensa que sabe o que é melhor para o povo e quer impor o seu modo de pensar e de ver o mundo. A gente fica abismado com as agendas de palestras que são promovidas nas universidades federais – uma parcela considerável aborda assuntos políticos, e que enaltece o socialismo. É uma vergonha isso ocorrer em pleno século XXI.

Enfim, o que tento esclarecer com essa explanação meio desarranjada é que a educação é fundamental para qualquer país, e, a fim de melhorar a situação política e a qualidade do ensino, a reforma na educação brasileira deveria começar nas universidades - que é o local onde se formam os docentes e os jornalistas. Há que se evoluir, urgentemente, o pensamento acadêmico, implementar ideias inovadoras e aposentar os professores que ainda vivem no tempo da guerra fria; além disso, dentre outras providências, faz-se necessário uma maior atuação do Ministério da Educação e dos órgãos de fiscalização e de controle, com vistas a evitar que as nossas universidades continuem servindo de instrumento de política partidária e de palco para a disseminação do socialismo.



Ednaldo Bezerra é escritor.

3 comentários:

  1. MARIA DE LOURDES NASCIMENTO27 de dezembro de 2016 às 21:25

    MUITO BOA E OPORTUNA PUBLICAÇÃO! PARABÉNS!

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  2. Ótima sugestão de leitura: "Revolução dos bichos”, de George Orwell.

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  3. João Bosco Barbosa Lima28 de dezembro de 2016 às 10:29

    Acompanho e admiro os seus artigos de reconhecida qualidade e sugiro maior frequência.

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