A Campanha da Fraternidade
(CF) 2017 tem como tema ‘Fraternidade: biomas
brasileiros e defesa da vida’ e o lema ‘Cultivar e
guardar a criação’ (Gn 2.15). Buscando alertar para o cuidado da criação,
de modo especial dos biomas brasileiros, a campanha tem início em todo o país
no dia 1º de março.
Ampliando
e motivando uma tomada de conscientização sobre as ações direcionadas ao meio
ambiente, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) traz a reflexão sobre os biomas
brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica,
Pampa e Pantanal) na Campanha da Fraternidade desse ano.
Com o tema
‘Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida’ e o lema 'Cultivar e
guardar a criação' a Campanha de 2017, sublinha a urgência do despertar
de cada pessoa, para uma consciência ambiental e uma conversão pessoal e
comunitária.
A
CF 2017
No
Brasil, a Campanha já existe há mais de
50 anos e sua
abertura oficial sempre acontece na quarta-feira de cinzas, época na qual a
Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração,
o jejum e a esmola.
Segundo
o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner,
a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações
respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à
luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise
ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos
os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.
O
texto-base está dividido em quatro capítulos,
a partir do método ver, julgar e agir,
faz uma abordagem dos biomas existentes, suas
características e contribuições eclesiais. Também traz
reflexões do tema sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa
Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os
temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.
O grande desafio da
Campanha da Fraternidade 2017, como em todos os anos, é a formação da
consciência de modo que as pessoas contemplem o meio ambiente de uma forma mais
cristã”, enfatiza o assessor da Campanha da Fraternidade da sub-região pastoral
de Aparecida (SP), padre Leandro Alves de Souza.
O sacerdote cita o livro
de Génesis que
fala da criação do mundo, dando o exemplo do limite colocado por Deus ao
proibir o homem de comer o fruto da árvore, explicando que "o ser humano não
é capaz de perceber se as suas ações são boas ou ruins, precisando de fato da
luz de Deus".
Como base nisso, a Igreja
vê a necessidade de refletir cada vez mais a importância do pensamento
coletivo, de uma responsabilidade assumida verdadeiramente com respeito ao
próximo e à natureza, como princípios de um bom cristão.
“Um outro grande desafio
é esse individualismos acentuado que a gente vive. Vimos há alguns anos essa a
crise hídrica enfrentada no estado de São Paulo. E ficou claro que muitas
pessoas só tomavam consciência do problema se abrissem a torneira e não caísse
um pingo d’água. A gente continuou vendo o desperdício, atitudes totalmente
irresponsáveis. Então na verdade o grande desafio nosso é despertar essa consciência
coletiva”, expressou padre Leandro.
Para contribuir na
formação das pessoas e incentivar ações que favoreçam o meio ambiente e as
gerações futuras, a CNBB preparou uma série de atividades como via-sacra,
círculo bíblico, temas para reflexões em família e celebração penitencial. Padre
Leandro aponta que essas reflexões são urgentes e necessárias e deixa uma
pergunta, que em sua opinião, deveria nortear as atitudes de cada pessoa:
“Qual o mundo ou qual o meio ambiente entregaremos para os filhos,
para os netos, para as gerações futuras?”
Fonte: CNBB
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