quarta-feira, 12 de abril de 2017

ENTÃO TÁ ENTÃO ... POR LUIZ SAUL




Enquanto a pupila se distrai no manejo de mendacidades mundo afora na tentativa de justificar o injustificável embuste de sua arapuca ao país o seu mentor trama argumentos para aparentar normalidade ante a iminência do vendaval, ao tempo em que luta pela salvação do partido que criou, e ainda alimenta a tese omnipotente de uma messiânica disponibilidade para o retorno ao poder, “se o PT precisar”, nas suas imodestas palavras. 


É fato, aliás, que a lerdeza da Justiça em determinar a expiação de culpas por infrações efetivas, como parece ser o caso, pode ensejar um by-pass na hipótese do impedimento a que o Barba esteja eventualmente sujeito, e assim ensejar a confirmação de sua candidatura no ano 18. Se acontecer, fará parte do jogo.

Mas, enquanto isso, as dificuldades presentes tenderão a consumir os neurônios do Bhrama, a partir, inclusive, da necessidade de pacificar os milicianos internos nos quais está implantada a cizânia. Depois que indicou a Gleisi Hoffmann para suceder o Rui Falcão, o Lula, que é presidente, rei, plenipotenciário, ditador, proprietário e o que mais for do PT, atraiu a insatisfação do menino Lindbergh, que também aspira presidir o espólio do partido, e que, por isso mesmo, resolveu enfrentar a indicada e o indicador.

Chegando ao conhecimento do público, o impasse revela pra quem está de fora que estão exauridos os quadros e as reservas morais do partido na medida em que ambos os candidatos estão mergulhados até os ossos naquilo que há de pior para molestar a sua posteridade, sendo possível que, num caso ou noutro, o eleito possa presidir a partir de uma cela. Pode ser que a indicação, além de representar uma de suas invenções, represente novo tiro no pé pela construção de um novo poste, a exemplo do que foi a dilma. 

Afora isso, ainda tem a data fatídica de 3 de maio, quando deverá o Lula encontrar-se com o Sérgio Moro, em depoimento já marcado e que lhe vem provocando suores. No ínterim das críticas antes dirigidas ao Juiz e ao Ministério Público Federal, a cujos membros já classificou como moleques, o ex-presidente já vem convenientemente amainando as críticas e até revelando ansiedade pela chegada da data. Certamente imagina que transformará o depoimento em palanque, como já o fez em oportunidade anterior. Pode ser que a frieza do magistrado impeça o intuito. 

Além desse encontro perigoso, as denúncias recentes parecem estar afunilando o desespero, especialmente a partir das novas manifestações do Marcelo Odebrecht que afinal desvendou a identidade da figura do “Amigo” que há muito vem povoando as informações acerca da distribuição das propinas milionárias que, na visão dos denunciantes, financiaram por todo o tempo, longo tempo, financiaram o projeto do Reich Tupiniquim dos Muitos Anos. Tudo até poderia ser simples se as denúncias se limitassem à descoberta do “Amigo”.

Acontece que o Marcelito avançou, apontando também o dedão para a dilma, o Mantega e principalmente o Palocci, também conhecido pela alcunha criminosa do o “Italiano”, responsável por toda a longa operação. 

Ademais, restará ainda a particularidade de que tais episódios estarão restritos apenas à denúncia da Odebrecht, e que estarão a caminho as da OAS, do Léo Pinheiro, e das demais empreiteiras, valendo dizer que, no caso do Léo, a coisa estará envolvendo o sítio de Atibaia e o tríplex do Guarujá, ambos não pertencentes ao Lula. 
Apesar de tudo, a dilma segue bradando que o Lula deve ser salvo. E que as empresas idem.
Então tá então...


Por: Luiz Saul Pereira
        Brasília - DF

Um comentário:

  1. Tenho grande admiração pelas publicações do senhor Luiz Saul Pereira, sempre recheadas de relevante humorismo .

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