Depois de combater relativos bons combates quase que em pé de igualdade com adversários poderosos, pode ser que o Dr. Rodrigo Janot se exponha a profunda melancolia em sua despedida por decorrência da divulgação das imoralidades contidas na última gravação da turma da J&S.
Ainda que entorpecida pelas notícias de tantos escândalos, a sociedade há de estar visceralmente estarrecida com o raciocínio infamante contido nas gravações, especialmente pela arquitetura afirmada pelo Joesley Batista, como indiscutível chefe da organização criminosa e beneficiária superlativo acordo de delação premiada.
O projeto de enredar figuras celebremente notáveis da República – independentemente de suas culpas ou inocências –, inclusive o próprio Janot, percorre cada detalhe dos diálogos maléficos que, além de desestimar a Justiça, tratam os alvos da desmoralização como instrumentos genericamente irrelevantes e corrompíveis no balcão da perversão idealizado pela quadrilha que chegou a mencionar a cooptação do ex Ministro José Eduardo Cardoso, que no entanto, frustrou o assédio.
A elucubração era tão satanicamente bizarra que, na percepção de suas palavras, o Legislativo já houvera sido “moído” pela Odebrecht e o Aécio já fora reduzido a pequenas causas. Então, faltava que eles fechassem a tampa dos caixões do Executivo e do Judiciário, com cumplicidade do ex Procurador Marcelo Miller.
Querendo, ou não, e mesmo sem comprometimento com as ações dos meliantes, o Procurador despede-se acabrunhado, e com a credibilidade reduzida junto à Câmara dos Deputados, acaso decida mandar nova denúncia contra o Temer. Isso porque, não bastasse o vexame da premiação que apadrinhou, arrebanhou novos inimigos, especialmente na pessoa da Ministra Carmem Lúcia que exigiu pronta investigação sobre as suspeitas noticiadas.
Fortaleceu também o mais declarado inimigo de suas práticas, o Ministro Gilmar Mendes, o qual publicou algo que, trocando em miúdos, o Janot, além de incompetente, pode haver sido o pior Procurador que já passou por ali em toda a História.
Nesta altura, é certo esperar que os demais ministros, ante a ausência de nominação de qualquer deles como suspeito, embarquem no mesmo carrossel do Gilmar para detonar qualquer coisa que se assemelhe a Janot e a J&S, ainda que no caso do PGR não se fale em improbidade, mas provavelmente de descuido e de despreparo para a investidura.
De tão embaraçoso, o episódio ofuscou em parte a repercussão da denúncia por organização criminosa que, sob a suposta chefia do Lula, incluiu a dilma e os ex ministros Edinho, Palocci, Paulo Bernardo, Mantega, além de Vaccari e a própria Gleisi Hoffmann, ora entronizada na presidência do PT. Quase passou em branco, apesar do poder de até cerrar as portas do partido e de avançar sobre o PMDB e o PP.
Já no caso do Joesley et caterva, a sua história está encerrada no Brasil. Depois da divulgação do desbocamento das gravações, a proscrição de cada um tenderá a que sejam afastados das empresas que construíram em parte com dinheiro do BNDES e outras benesses arrancadas da estrutura político-econômica do país.
Em segundo momento, poderão perder os benefícios da super premiação e principalmente da liberdade, acaso seja revista a delação que parece ser o próximo passo dos desejosos de justificada vingança e certamente com o aplauso de uma população que há muito não aplaude nada.
E quando se achava que o dia havia terminado, eis que surge a casa cofre do Geddel em que se encontravam “depositados” algo como R$51 milhões não declarados. Deve ser uma poupança salarial...
Por: Luiz Saul Pereira
BRASÍLIA - DF
ESTOU CANSADA DE TANTO POLÍTICO E JUIZ CORRUPTO NESTE PAÍS. QUERO QUE TODOS SIGAM DIRETO PARA A PRISÃO.
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