As esquerdas, que tanto defenderam a liberdade de imprensa, a democracia participativa, a supremacia do interesse social sobre o individual, o coletivismo, o governo dos conselhos populares, a revolução técnico-científica, a abolição da propriedade privada, a luta de classes, o uso da violência contra opositores e até que os fins justificavam os meios, hoje, atônitas, temem a imprensa livre, a crítica moralista das redes sociais, a força da opinião pública, o ativismo judicial, a automação do trabalho, a supremacia da ordem social e, contraditoriamente, defendem a prevalência dos direitos individuais, o interesse de corporações ou das chamadas minorias.
A ideologia do socialismo deu lugar à ideologia do individualismo, a ação revolucionária transformou-se em resistência conservadora, o ativismo foi substituído pelo pacifismo e a ousadia eclipsou-se no medo.
A bandeira encarnada, racionalista, esbranquiçou-se, em tons rosados, românticos, ou esfacelou-se em matizes multicoloridas.
Por: Ruy Trezena Patu Jr.
Jurista


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