Mitômano, o Lula já se comparou a jararaca, Tiradentes, Abraham Lincoln, Jesus Cristo, Mandela, Kennedy, Juscelino, e, enquanto não chega a vez de Joana D’Arc e de Churchill, promoveu-se à condição de lenda, em pronunciamento no Rio de Janeiro, ao afirmar na terceira pessoa que “Lula não é o Lula, Lula é uma ideia.”
A utopia de sugerir áureas em torno de si para consolidar um tipo de beatificação mira o entorpecimento da massa de sempre, e lembra o desvario dos discursos em cervejarias de Munique, nos idos da década de 1930, quando aquele austro-alemão iniciou a caminhada para o Reich dos Mil Anos que terminou em um tribunal internacional, em Nuremberg, mas, sob cujo modelo o Bhrama parece haver plotado o seu projeto de poder, ou o Reich Tupiniquim do Fim do Mundo que pode terminar em Curitiba.
Anda torcendo para que chegue rápido o janeiro quando se abrirá o emblemático ano eleitoral de 2018. Especialmente a partir de então será mais fácil consolidar o projeto de candidatura à Presidência da República, sabendo que, mesmo sendo eventualmente inviabilizada por uma decisão de segunda instância, no TRF4, contaria com a provável prudência do Estado em não decretar a sua prisão para não alimentar a gritaria pela martirização.
Conta ainda com a aparente inclinação da Suprema Corte de rever os critérios de decretação de prisão enquanto não se esgotarem todos os recursos de condenados, como tem sido sinalizado por um ou outro ministro. Em tal caso, a coisa iria para as calendas, e, se não abrangido pela Lei da Ficha Limpa poderia o Bhrama candidatar-se e até se eleger Presidente da República.
Daí que, nessa hipótese de ser eleito, restar-lhe-ia indultar os crimes de alguns parceiros “ideológicos” e ungir outros que se encontram na mira da Justiça, para compor a nova equipe governamental, a qual poderia resultar em um organograma mais ou menos assim:
José Dirceu-Casa Civil;
Palocci-Ministério da Economia;
Vaccari-Tesouro Nacional;
Bendine-Banco Central;
Mantega-BNDES;
Pizzolato-Banco do Brasil;
Delúbio-Planejamento
Ideli-Relações Exteriores
Gilberto Carvalho-Defesa
dilma-Minas e EnergiaMercadante-Educação
Lobão-Eletrobrás
Gleisi-Ética
Haddad-Trabalho
Rosário-Direitos Humanos
Só gente boa... Tutti buona gente... e ninguém poderia reclamar!
Por: Luiz Saul Pereira
BRASÍLIA -DF
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