quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O BRASIL E A SUA SOCIEDADE CONVIVERÃO COM OS MESMOS PECADORES - POR LUIZ SAUL

Resultado de imagem para CANDIDATO A PRESIDENCIA EM 2018

Agora, que, se nada mudar até o dia 9/12, deverá ser aclamado para o comando do PSDB, depois das desistências do senador Jereissati e do governador Perillo de concorrerem à presidência do partido, o paulista Geraldo Alkmin assume a condição de aglutinador sabendo das enormes dificuldades decorrentes, mas com a certeza de que começa a se cacifar para a disputa da Presidência da República.
Não parece fácil a tarefa de apaziguar um partido com tantas cabeças e tão poucos cérebros. Os “inimigos” internos são muitos a começar pelo José Serra que jamais deixou de ambicionar o Planalto, além, é claro, do Aécio Neves, que, não obstante tratar-se de uma relação perigosa e plena de despersuasão, é ainda a maior referência de amizade do partido que ainda preside com o Michel Temer. Além disso, ainda se debaterá com o fantasma das investigações da Lava Jato que estão se aproximando do novo morubixaba.
No âmbito externo, tem-se que, acaso saia candidato e também acaso eleito, o Alckmin teria que costurar ou refundar alianças com os partidos de sempre cujos membros se encontram atolados em irregularidades. Como não caberia, em tese, se coalizar com a esquerda, restar-lhe-ia recorrer às tradicionais alianças, valendo dizer, PMDB, PP, PR e que tais.
Vale igualmente dizer que alguma coisa novidadeira no estilo e no conteúdo programático de governança somente ocorreria a partir do feitio pessoal. O mais do mesmo, portanto, especialmente considerando que o modelo adotado torna o governante virtual refém dos coligados. O que não se sabe ao certo, é se, independentemente de permanecer na estrutura de cargos do governo Temer, esse “novo” PSDB marchará unido em apoio ao Planalto na pavimentação de futura coligação.
Nos dias de hoje a Presidência da República é mais que nunca um cargo de extrema solidão para o seu ocupante. Que o diga o Temer, que, além de não ser santo, vive cercado da rapinagem institucional representada por envolvidos em algum tipo de investigação criminal lá dentro, enquanto que aqui fora tem a garantia da desaprovação de grande parte da sociedade, assim como dos ataques da imprensa e das críticas da oposição.
Mas, o fato é que essa novidade do PSDB começa a dar clareza ao cenário político do próximo ano com a percepção do Alkmin como candidato natural. Não parecendo que surgirá um outsider do tipo Luciano Huck ou outro, a apuração do restante da cena transitará pelo ultranacionalista de brincadeirinha Bolsonaro, pelo Lula ou pelo seu poste, uma vez que poucos acreditam na liberação de sua candidatura. A não ser, é claro, que o foro privilegiado seja estendido aos ex-Presidentes, como defende o deputado Vicente Cândido e outros.
Aparentemente distante desse grupo ainda pode surgir a Marina pisca-pisca, que costuma sair da toca nessas ocasiões para divulgar a filosofia “sonhática” que ninguém consegue compreender, e depois some. Os demais possíveis candidatos são uma miragem.
Enquanto isso, o Ministro Meireles, da Economia, que chefia a única equipe com alguma credibilidade no governo, aproxima-se do Rodrigo Maia, como a sugerir que pode estar sendo urdida uma nova parceria tipo PMDB/DEM.
Isto posto, fica claro que em qualquer circunstância, a sociedade conviverá por mais quatro (ou oito) anos com os mesmos pecadores.


Por: Luiz Saul Pereira
        BRASÍLIA - DF

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