PASSAGEIRA.
Liège de Melo
Deixe-me passar, entrar neste trem -
leve, solta, sem pressa,
hoje sou a passageira,
da vida e sua poeira.
alegre, inerte, agitada,
incontestavelmente,
passageira.
Contemplar através da janela,
o que passa em movimento
cores, flores e bichos.
um homem e sua mazela
A paisagem visível,
como tantas além dela,
tranquila, sutil, humana -
uma breve passarela.
Deixe-me passar, ficar neste trem
distante da rotina do urgente
que vai,
vai
nunca vem.
Parar, olhar, escutar -
assim a placa recomenda.
sentir contrastes tão vivos,
como faces de uma contenda.
A pressa insistente em transpor,
o curso de uma vida inteira
que mesmo quando imaginada longa
É essencialmente breve:
PASSAGEIRA.
Minha amiga, sempre com belas inspirações! Beijos...
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