sexta-feira, 2 de março de 2018

FICA A LIÇÃO ... DANÇOU EM BAILE CONTINUO - LUIZ SAUL


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O desmedimento do cupidez pelo protagonismo constituiu provavelmente o fator da ascensão e queda do Fernando Segóvia como Chefe da Polícia Federal. Desde a designação, sentiu-se ungido pelas indicações políticas que o consagrou no cargo, e, portanto, intocável, passando então a ignorar requisitos básicos como a hierarquia, ao se dirigir (por convite, é verdade) ao Palácio do Jaburu para reuniões com Temer, como se não houvesse a cadeia de comando sob a insígnia do Ministro da Justiça.
Elevado, em sua percepção, a estrela, liberou o verbo a palpitar sobre processos sensíveis como a mala do Loures e o processo da JBS, os quais, ainda em tramitação, receberam prognósticos de imprestabilidade perante a Justiça.
Ademais disso, o deslumbramento transformou-o em arroz de festa, quando, nesse tipo de investidura, a discrição há de ser uma marca.
Enquanto imaginava estar ajudando o Temer, aprofundava a desaprovação do chefe não somente perante a opinião pública, mas também entre a tropa da Federal e os operadores do direito, além, é claro, dos arredores mais perspicazes do Palácio.
Com a entrada triunfal do Jungmann, o Segóvia dançou em baile contínuo, sendo bastante provável que, havendo se transformado em um arquivo vivo decorrente dos colóquios nas escuras do Jaburu, receba algum prêmio de consolação em algum país fora da América do Sul. Faz sentido, até porque perdeu o ambiente na PF.
Embora teoricamente a defenestração um tanto desonrosa do Segóvia pudesse implicar derrota do moço da Presidência, o(s) grande(s) perdedores, além do próprio, são os políticos que queimaram as fichas com a indicação, dentre os quais figura o José Sarney.
Fica a lição para a qual ninguém dará a mínima importância.


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Por: Luiz Saul Pereira
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