domingo, 13 de maio de 2018

POESIA: ETERNA - POETISA LIÉGE DE MELO

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E T E R N A

Liège de Melo

É sábado, longo sábado -
tão longo que nele tudo é falta.

Há espaços inertes, sombrios, vazios -
sem caminhos ou atalhos que levem a você.

Há na mente memórias: de pele, de laços,
de aromas e abraços
que dançam, balançam
com os sons dos seus passos.

Ouço a tradução da sua voz
ao dizer, sem querer, palavras tão suas,
medidas, coladas, em seu jeito impar de ser.

Nesta vida, da qual sou personagem,
tudo em mim tem mudado:
em dias de sol sinto opacidade
em dias de chuva não sinto o perfume da terra.

Vivo sem chão, tão em vão, na mãe terra.
Andando em eterno vácuo,
sem rumo, sem prumo - em guerra.
Sem lhe ver, sem lhe ter...
Minha mãe e t e r n a.

Saudades!

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Poetisa Liège de  Melo

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