

Chama a atenção que, enquanto o acampamento Marisa Letícia criado para o Bom Dia, Boa Tarde e Boa Noite dá sinais de esvaziamento, a peregrinação à cela do prisioneiro cresce em número e gênero. Além da falta de dinheiro, a população e as autoridades locais parecem haver perdido a paciência com aqueles “trabalhadores”.
Primeiro, foi a comissão de parlamentares para a fiscalização das condições de conforto da sala de Estado Maior na qual o indivíduo, não sabendo pra que servem os livros, transformou-os em halteres, porque, como já declarou, não gosta de ler livros; depois, foi a vez do Jaques Wagner, na condição de plano “B”, e da Gleisi Hoffmann, para se ambientar com o seu possível endereço futuro. Teve também a autorização para a visita de dois médicos credenciados, o que se afigura correto.
E agora, tem a notícia da autorização a que Leonard Boff preste assistência espiritual ao condenado. Como o Boff, não sendo padre ou frade, mas apenas um teólogo ativista, será natural que se apresentem também os espíritas, evangélicos, umbandistas, budistas, muçulmanos e outros adeptos de religiões remotas ou da reverência ao capim santo, para a mesma prestação de assistência.
O pior é que o teólogo saiu da sala de Estado Maior prestando-se à condição de menino de recado aos jornalistas (não se sabe porque aos jornalistas) de que é candidatíssimo à Presidência da República. Ou é um desvario, ou não acredita nas instituições de uma nação de sonha voltar a presidir. Mas, fica claro que a cada novo visitante, novas provocações.
E ainda terão espaço de requerimento o Mujica, o Esquivel, certamente o Maduro, quem sabe a Cristina Krischner, além de outros oportunistas que, fora dos holofotes, tentarão ser relembrados.
De grão em grão, ou de fanático em fanático, a pressão vai abrindo espaço nas portas da PF para robustecer o “escritório” do Bhrama que, aliás e ao que consta, afora o aparelho de TV já em funcionamento, deverá receber uma esteira ergométrica e também um aparelho de som para que possa ouvir suas músicas, além do pedido ora em análise da colocação de um frigobar exclusivo, sobre o qual o MPF já discorda.
Tudo aponta que está se adaptando ao modo de vida na nova morada.
Em tal ritmo, não demora que um ou outro político mais encalacrado comece a torcer para ser preso.
Seria ótimo que esses mesmos elementos demonstrassem a mesma preocupação e interesse com os demais presos que mofam nas cadeias sob as condições mais desumanas, muitos dos quais sem condenação ou em regime de prisão temporário há mais de ano.
Aliás, ninguém se movimenta nem mesmo em relação a correligionários históricos do PT ou de qualquer outro partido que se encontram enferrujando nas masmorras como são os casos do Vaccari, do Palocci, do Cunha, do Argello e tantos outros.
Afinal, só “temos” um Lula, né?
Por: Luiz Saul Pereira
BRASÍLIA -DF
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