quarta-feira, 18 de julho de 2018

A CAMINHO DO QUARTO MANDATO .... POR LUIZ SAUL

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Depois de uns tempos encafuado no seu estado tateando a reeleição ao Senado Federal, o Renan Calheiros está de volta, mais interesseiro do que carismático, na contestação da escolha do candidato do seu partido à Presidência da República, ao tempo em que declara apoio ao preso de Curitiba.
No momento, está em duas ou três campanhas que envolvem a reeleição sua e do filho, e a inviabilização do Meirelles.
Sutil como elefante entre cristais, a manobra do alagoano tem em mira o próprio futuro, assim como e principalmente as bênçãos do Barba à reeleição do filho ao governo das Alagoas a que o PT não contesta nem se opõe.
Ademais disso, parece que o senador levará para o túmulo a mágoa contra o Temer e outros emedebistas como o Jucá que em dado momento retiraram a escada deixando o então todo poderoso com a brocha na mão em circunstância que o tornou inimigo número zero dos representantes do Planalto em todos os níveis.
Desde então, assumiu ares de independência não necessariamente por condenação aos subterrâneos de que fora partícipe e talvez líder em algumas ocasiões, mas pela comodidade de transferir a condição de telhado de vidro para a de atirador de pedras em um governo já transformado em alvo natural e rejeitado pela quase totalidade do país.
É essa capacidade do político brasileiro que, não professando qualquer definição ideológica, submerge em ocasionalismos de qualquer matiz ante a possibilidade de tirar proveito pessoal ou político em momento imediato ou futuro.
Com esse conjunto de mágoa e perspicácia, não parece difícil construir um modelo de apoio ao Bhrama justamente na região do país mais sensível ao condenado, em condições de impressionar os incautos quadrienais.
Aliás, é essa mesma capacidade de se embrenhar nas entranhas políticas enraizando mandatos insípidos e improdutivos que enseja a permanência de indivíduos como verdadeiros “móveis e utensílios” das casas legislativas nacionais, dos quais é possível citar o potiguar Henrique Eduardo Alves (11 mandatos - 44 anos), Eduardo Suplicy (3 mandatos de senador – 24 anos), para citar apenas os dois, sem qualquer registro de justificativa de tamanha vitaliciedade.
E agora, provavelmente virá o Renan Calheiros com a sua já comprovada vocação para fênix, que já esteve na iminência de cassação, de não eleição e ainda conta com o indiciamento em mais de 10 processos criminais, antigos e novos, como que apontando para a consciência e o tirocínio de sua excelência, o eleitor alagoano.
Está no terceiro mandato de senador, a caminho do quarto, significando 24 anos mais 8, afora o seu tempo como deputado estadual e federal.
Sendo eleito, o que é uma possibilidade, provavelmente dedicará o mandato à retomada da presidência da Casa e à vingança contra os novos inimigos, tal qual o Collor que se elegeu e consagrou o mandato a fustigar a editora responsável por uma revista semanal.
Mas, é isso! Ele é apenas um dos muitos exemplos, como a apontar que cada povo tem o senador e o governador que merece, assim como o Presidente da República também.



Por:  Luiz Saul Pereira
         BRASÍLIA - DF

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