quarta-feira, 25 de julho de 2018

ELEITOR! MAIS ATENÇÃO AS MANIFESTAÇÕES DOS CANDIDATOS - POR LUIZ SAUL


Acaso confirme as declarações que lhe são atribuídas no sentido de que, uma vez eleito, o Ciro Gomes remeterá o Judiciário e o Ministério Público às respectivas “caixinhas”, estaremos diante de uma clara manifestação de saudades dos tempos da impunidade que as operações criminais vêm tentando brecar entre trancos e barrancos.
O pré-candidato teria dito, ainda, que a libertação do Má Ideia depende da sua eleição para “organizar a carga”, expressão que não se consegue entender ou traduzir.
Não há como compreender as opiniões supostamente declaradas pelo Ciro sem concluir que o retorno de tais instituições às “caixinhas” para o restabelecimento da autoridade política guarda o conceito, senão do amordaçamento, mas, pelo menos, da ameaça do estabelecimento de algum mecanismo de limitação da missão repressora.
No caso, poderia tratar-se apenas de mais um voluntarismo verbal para a conquista de apoio no meio fisiologista onde tem campeado a corrupção; mas, poderia ser também um projeto de governo.
Avaliando a magnitude da crise que definitivamente oprime todas as áreas de um país que já foi considerado potência, a população posta-se na condição de refém em meio a uma quadra eleitoral incapaz de propor com alguma credibilidade soluções para o atendimento de suas aspirações.
É que a sociedade compreende que os movimentos populares de apoio a candidatos de qualquer bandeira guardam em geral uma relação profissional que se desmobiliza após as eleições e devidos acertos de contas, sem compromisso com o acompanhamento e fiscalização, nem com a unção de representante capaz de arrefecer os temores que têm rondado às famílias em relação ao futuro, e menos com a confiança em atuação escrupulosa.
Na contramão das aspirações da sociedade, o que se vê é a ânsia pelo continuísmo no meio da representação política que insiste em se eternizar.
O melhor exemplo dessa tentativa de se manter no poder a qualquer preço vem de São Paulo, através do ainda deputado Paulo Maluf.
Como se sabe, trata-se de condenado em segunda instância, cujo advogados lograram convencer o Juízo de que se encontrava em estado terminal, na Papuda, assim conseguindo migrar para a prisão domiciliar na elegante mansão paulistana. Como a risível Comissão de Ética, dando asas ao corporativismo, manteve o indivíduo no mandato, consta que estaria cogitando registrar a candidatura para mais uma reeleição à Câmara Federal, aos 86 anos.
É mais um aspirante a remeter o Judiciário e o Ministério Público às respectivas caixinhas, exceto se for barrado nessas novas intenções, uma vez que, além de condenado em segunda instância e preso em regime domiciliar, a sua condição eleitoral é rigorosamente igual à do Lula, que está teoricamente inelegível.
Aguardar-se-á a manifestação do TSE.
Mas, seria importante que o eleitor prestasse atenção às manifestações dos candidatos.


Por:  Luiz Saul Pereira
         BRASÍLIA - DF

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