
Segundo post atribuído ao Blog do Noblat (dias de hoje desconfiamos de tudo o que é publicado), o sectário Gilberto Carvalho, que já foi de tudo um muito nos governos do PT, só faltando ser preso para completar o ciclo, teria proposto uma revolução popular armada, ou seja, uma guerra civil, para libertar o Barba.
Notem a frase:
“Só há uma forma de tirar Lula da cadeia: um levante popular, uma mobilização muito forte, uma radicalização do processo, seja de que forma for, que faça com que eles sintam que está ameaçada a estabilidade do país”.
Furibundo e irrefletido, o convite desconhece o desarranjo dessa estabilidade já estabelecido, que fatalmente derivaria para o colapso na hipótese por ele defendida.
Tudo fica exponencialmente perigoso quando qualquer dos lados de uma disputa descamba para o radicalismo contando jogar a massa de manobra a seu serviço. E esse parece ser o caso em que Gilberto, dentro de sua tese, se imagina como o articulador que não pega em armas, só traça as estratégias para os que vão morrer nas ruas.
Nada se afigura tão canalha em um momento mais sugestivo de acalmar os ânimos de um país em ritmo de derrocada moral e material, sem perspectiva de solução à luz dos candidatos que estão a se apresentar.
Melhor seria que esse estrategista do caos reunisse suas forças para desinfetar e apaziguar as relações entre os defensores do Bhrama, cujos egos estão patrocinando a batalha dentro da batalha para apurar quem mais erra na tarefa de recolocar o bêbado nas ruas.
A rivalidade naturalmente negada, mas que ali se estabeleceu é tamanha que se está sugerindo até uma espécie de defensor de primeira e de segunda categoria, em um tipo de “hierarquia” na qual o Cristiano Zanin cuidaria do TRF4, e o Sepúlveda Pertence, trataria da defesa no plano do STF.
É claro que a solução pretensamente salomônica não teria como vingar.
A exaltação do Gilberto Carvalho enquadra-se na ansiedade da retomada do mesmo projeto de poder que vigeu e que segue embalando os delírios da dominação, alheio o mal já praticado.
Tudo se enquadra, também, no êxtase do exercício do poder, não apenas entre os petistas, mas em geral em todos aqueles já experimentaram.
Basta notar o exemplo que, segundo consta, parece estar iludindo o potiguar Henrique Eduardo Alves que, tão logo libertado, já estaria articulando o retorno à chamada vida pública, mediante concorrência a cargo eletivo nas eleições de outubro. Para tanto, dizem que está viajando pelo seu estado, beijando criança remelenta, tapinhas nas costas dos correligionários e promessa de retomado do “trabalho em defesa do seu povo”.
No caso, é o mesmo político que cruzou 11 mandatos de deputado federal ao longo de 44 anos e terminou no xilindró.
São todas vítimas das picadas da mosca azul do poder, com a vantagem de adquirirem foro privilegiado e se manterem na sensação do poder.
Farinhas da mesma fornada e saco, sem que ninguém se constranja de imposições com a sofrida pela Cristiane Brasil que, para participar da convenção do partido, deve que se submeter a todas as exigências do plantonista Celso de Melo, o qual, além de proibir contatos privados durante o evento, ainda terá que apresentar relatório de participação.
Supõe-se que valha a pena.
Por: Luiz Saul Pereira
BRASÍLIA - DF
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