segunda-feira, 16 de julho de 2018

O RESTO É SORRISO AMARELO INÚTIL - POR LUIZ SAUL

Resultado de imagem para Copa do Mundo terminou – para o Brasil, muito antes!

Resultado de imagem para Copa do Mundo terminou – para o Brasil, muito antes!


Pois bem, a Copa do Mundo terminou – para o Brasil, muito antes! –, sem que nada mudasse por aqui ou afetasse a crise nacional, até porque, como afirmei dias antes, a população tinha coisas mais importantes com que se preocupar.
Mas, deixou importantes lições extracampo para os jogadores e dirigentes.
Para o governo também, que já precificara o desprezo da comitiva cujos componentes decidiram que, na hipótese de derrota não viriam a Brasília se lamentar, e, no caso de vitória, não desfilariam em carro de bombeiros na Esplanada para recauchutar a imagem desses quaisquer que infestam os palácios e envergonham a sociedade.
Com relação aos atletas, terão que refletir sobre a perda de mercado que suas imagens sofreram no segmento dos contratos de publicidade, que em muitos casos podem ser superiores aos seus gordos salários em euros ou dólares. A futilidade e o teatralismo de alguns mostraram, além das distâncias culturais, o desmazelo com as próprias carreiras, como se lhes bastassem apenas jogar bola.
O mercado publicitário aposta em atletas com comportamentos de homens em condições de representarem adequadamente o produto e impregnarem a ânsia pelo seu consumo, e não em supostas divas que teimam em parecer adolescentes cercados de sambistas, cabeleireiros, funkeiros e que tais, todos devidamente remunerados para atender a tantos caprichos.
Por isso que o Zidane, que já abandonou a carreira, ainda participa de campanhas publicitárias de conglomerados internacionais, enquanto que o Vampeta divulga um tônico capilar contra caspa. Questão de postura e credibilidade!
Não há de se duvidar da qualidade dos atletas brasileiros. Mas, o grau do seu empenho na competição não pode ser comparado à entrega e o efeito superação de outros nacionais como os japoneses, os belgas, islandeses, até mesmo os panamenhos, mas principalmente os croatas que viveram cada partida como uma questão nacional, patriótica, a ponto de tornarem-se heróis de todas as pátrias futebolísticas.
Já alguns dos nossos perderam espaço e credibilidade, transferiram-se para mercados menores, mas principalmente transformaram-se em motivo de chacota internacional.
No retorno aos clubes de origem, alguns atletas brasileiros poderão defrontar-se com um novo equilíbrio de prestígio quando encontrarão novos campeões e vice-campeões da Copa, em condições de recombinar o antigo cenário em que Mbapé, Griesman e Modric, dentre outros, eram estrelas, mas secundárias, coadjuvantes dos tupiniquins.
Urge, portanto, a reflexão para a mudança de postura e compromissamento, além da migração da adolescência para o amadurecimento profissional com vistas ao restabelecimento do respeito e da admiração.
Já os dirigentes, quase sempre envolvidos em questões criminais, ora presos, ora impedidos de saírem do país, revelam-se cada vez mais primitivos e improvisadores, como nos tempos do amadorismo, incapazes de absorverem os exemplos de planejamento a partir de um trabalho de base como têm feito muitos países que vêm colhendo resultados amplamente satisfatórios, como foi o caso alemão e está sendo agora o da Bélgica.
Quanto ao jogo final, posso afirmar (por puro despeito) que a França ganhou graças à sua legião estrangeira, que é uma tradição por ali. Poucos são os jogadores nascidos em solo francês. Mas, isso é puro despeito meu.
Já a Croácia, sem novidades quanto ao bom futebol quando lembramos que aquele país é um apêndice da fragmentação da Iugoslávia, que sempre se destacou neste e em muitos outros esportes.
O resto é sorriso amarelo inútil.


Por: Luiz Saul Pereira
        BRASÍLIA - DF
  

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