Há mais de 50 anos, a Cidade de Triunfo, na Região do Pajeú, na administração do prefeito José Veríssimo dos Santos, foi decretada pelo então governador Eraldo Gueiros Leite, Capital de Pernambuco, naquele ponto estratégico onde considera-se o" Marco Zero", frente à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Dores, onde existia a alusiva placa, que infelizmente desapareceu, sem ninguém ouse precisar onde a mesma foi parar. Houve quem a procurasse em levantamento realizado para pesquisa de mestrado em desenvolvimento urbano, deixando o alerta para o aumento da devastação dos último anos.
Durante esse momento histórico, lembram os mais antigos, foi citado e reivindicado nos empolgados discursos da ocasião a necessidade de preservação do belíssimo patrimônio arquitetônico, ainda naquela época, apelando que deixassem para as gerações futuras as edificações de estilos neoclássico, romano religioso e coloniais do final do século XIX e princípio do século XX e seu traços ecléticos. E tombamento do casario antigo e proteção do Sítio Histórico. O não cumprimento é preocupante, devido a paisagem fazer parte do tombamento, assim como determina na atualidade a Fundarpe.
No entanto apesar do esforço desprendido anteriormente por jovens estudantes idealistas do município, não conseguiu evitar que 70% dos imóveis fossem mantidos, diante a saga do equivocado modernismo, adotando na frente das residências janelas com vasculhantes e azulejos nas paredes. algo verdadeiramente agressivo em relação ao visual atrativo que existia, sem que o poder público tomasse qualquer iniciativa de impedir, sob a cretina justificativa de haver risco de perder apoio político. Algo típico dos conceitos nocivos instalados com respaldo popular inconsciente: assistencialismo, nepotismo e paternalismo.
O desafio relativo ao enfrentamento iniciou-se em 1983, quando na Casa Diocleciano Pereira Lima - Câmara de Vereadores de Triunfo, foi apresentada proposição de autoria do vereador Carlos Ferraz (PMDB), depois transformada em Lei Municipal de 87, tombando parte dos prédios, sobrados, casarões que lamentavelmente escaparam da eufórica descaracterização, atitude nebulosa no período que surgiu o parcial desmanche irresponsável do belo casario triunfense.Houve também muita luta para evitar o corte de árvores frutíferas dos quintais da cidade, porém por falta de controle urbano muitos foram devastados.
Por: Carlos Ferraz
TRIUNFO - PE
Cada vez lhe admiro mais Carlinhos, você tem uma fabulosa sensibilidade em relação a nossa cidade.
ResponderExcluirSe muito prédio antigo foi preservado deve-se a você que durante muitos anos vem batalhado nessa campanha exemplar.
ResponderExcluirCIDADE LINDA!!!
ResponderExcluirFerraz vem fazendo um diagnóstico organizado o que é muito importante para divulgar a cidade.
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