O casarão reflete a alma do cidadão triunfense, visto que enaltece as artes e valoriza a história sertaneja
A Casa Grande das Almas fica a 2km do centro de Triunfo e conta a
história do município. Ela faz divisa entre os estados de Pernambuco e
Paraíba e é palco de muitos enlaces matrimoniais. O lugar hospedou
diversas personalidades importantes, entre elas o venerado e temido
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (1897-1938).
O cangaceiro chegou a se esconder várias vezes na propriedade enquanto
fugia das volantes dos dois estados. Segundo o pesquisador Leydson
Santos, da Triunfo Turismo, as passagens dele na região foram pacíficas.
“As fotos que temos aqui no acervo sempre mostra o Lampião sem o
chapéu. Esse gesto simboliza respeito na época”, elucida.
Na área externa, toda ela localizada na Paraíba, existe uma capela em
homenagem à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ao lado dela, há um
mausoléu com seis catacumbas pertencentes aos antigos donos. “Em cada
catacumba existem símbolos feitos no estilo bizantino e pequenos
monumentos inspirados nas grandes edificações da história”, explica
Laydson. A área verde no entorno dela é deslumbrante e rende boas
fotografias. A cozinha da casa também está localizada na parte externa,
separada do imóvel.
O casarão foi construído entre os anos de 1886 e 1889. Ele tem 15
cômodos e está sob o domínio de Consuelo Timóteo, que faz parte da
quinta geração de donos. A mãe dela, Dona Socorro Timóteo, de 82 anos, é
quem sempre abre as portas da mansão para apresentar o acervo histórico
aos visitantes. A casa contém várias peças antigas como por exemplo,
vitrolas, luminárias, pianos, pratarias, conjuntos de porcelanas,
talheres, livros e obras de artes.
O mural de fotografias na sala chama bastante atenção. E para cada
retrato, uma longa e empolgada explicação de Dona Socorro, que tem
bastante orgulho da história de sua família. “Eu e minha filha não
esperávamos herdar essa casa e ficamos emocionadas. Cada canto deste
imóvel tem um significado para a família e eu faço questão de contar
cada um deles”, relata a senhora que comercializa também um licor
especial feito com cachaça e frutas.
Fonte: Diário de Pernambuco/ TURISMO
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