HISTÓRICO DO JORNAL A VERDADE ESCRITA

A situação incômoda e sufocante em que viviam os estudantes secundaristas e universitários, ainda no período final da Ditadura Militar, onde a perspectiva da democracia apenas engatinhava, estimulou nos meados de 1978, uma restrita parcela de componentes da União Triunfense dos Estudantes - UTE, que residia em uma república na Rua Antonio Camilo Dias, Bairro da Madalena e depois se transferiu para a Casa do Estudante de Pernambuco - CEP, apto 311, Bairro do Derby, estudar a possibilidade de criação de um meio capaz de extravazar a pressão sofrida pelo regime e procurar expor as idéias contrárias, também em relação a Triunfo onde os respingos do poder dominante faziam com que os administradores revezantes da época tentassem cercear o nosso direito de posicionamento diante às atuações gestoras voltadas quase exclusivamente a uma célula familiar e uma gama de amigos fiéis.

Inicalmente se reuninam:  Roberto Gusmão, Carlos Ferraz,  João Batista Leitão, Onildo Ferraz, sendo depois reforçados pelos ex-estudantes formados: Assis Timóteo e Hiram Castilho, mais na frente incentivados pelos conterrâneos Helio Viana e Odoney Andrade, quando em junho de 1979 saiu o primeiro exemplar "A VERDADE ESCRITA". Com o sucesso estampado nas mais diversas camadas sociais triunfenses e o repúdio da classe política conservadora que vislumbravam no jornal estudantil uma válvula de escape e um palanque oposicionista.

A equipe titular de redação, costumava se encontrar geralmente aos sábados pela manhã no tradicional ex- "Quarto 30",  para entregar matérias e discutir estratégias à base de feijoada, caipinha,  músicas e discursos, seguindo depois para o Bar Drive-in Derby. Em outras oportunidades um número reduzido seguia à noite para se reunir até altas horas, no apartamento dos recéns-casados Wilson e Liége, no "Encontro do Partidão", onde ligava para as rádios recifenses para denunciar e pedir providências sobre assuntos relacionados a Triunfo.

Segundo os arquivos, chegaram a participar da nossa redação com textos: Adailton Carvalho, Roberto Gusmão, Carlos Ferraz, Hiram Castilho, Assis Timóteo, João Batista Leitão, Onildo Ferraz, Liège Melo, Odoney Andrade, Ivo Lopes, Petrônio Melo, Onelia Ferraz, Antonio Estevão, Noval de Mendonça, Normando Alves, Ozaildo Ferraz, Heloisa Cândido, Silvestre Quinto, Adjací Queiróz, Vinicius Campos, Silvio Romero, Ruy Patú, Pinto Ramalho, Osvaldo Martins, Alexandre Ferraz, Valéria Melo, Adhi Paiva, Valdemar Otaviano, Cicero Belmar, Adelmo Queiróz, Hélio Lima, Nadijanara Madureira, João Batista, Waldir Santos, Ziza Magalhães. E no apoio generalizado: Aldeci Menezes, Júlio Quinto, Ronaldo Bezerra, Renato Santos, Junior Veríssimo, Dilson Queiróz, Miraldino Luiz, Alexandre Melo, Afonso Nunes, João Bosco Quinto, John Timóteo, Lúcio Pessoa, Waldson Santos, Fernando Vasconcelos, Rogério Luiz, Antonio Almeida, Carlos Martins, Arimatéia Campos, entre outros.

O JORNAL A VERDADE ESCRIITA retorna agora movido pelos constantes apelos de antigos colaboradores e saudosos leitores, que nunca se conformaram com a sua paralização, por entenderem ser o informativo independente, um reconhecido marco da nossa história. Com base na pregação do conhecido adágio popular de que : "Ninguém se perde no caminho da volta.".