Tive o prazer de trabalhar com a Dra. Livramento, profissional
competente, humana, dedicada, extrovertida e as vezes explosiva. Para muitos
uma figura polêmica, mas para mim uma excelente médica, dinâmica, “pau pra toda
obra”, uma pessoa impoluta. Falar sobre Dra. Livramento, consumiria no mínimo
cem paginas deste “livreco”, e mesmo assim, eu não teria dito nem a metade.
Quem sabe se não será assunto para um próximo livro, evitando desta maneira,
onerar a obra e eu não arranjaria patrocinador.
Tínhamos
como hábito, dividir o horário das 22:00 horas até o final do plantão, período
em que os atendimentos não passavam de “gatos-pingados”, não havendo nenhuma
necessidade de estarmos acordados à espera de pacientes. Como plantonistas
somos obrigados a atender apenas urgências ou emergências.
Mas
deixemos de lado esta história de “Mané vendeu a égua” e vamos ao que
interessa.
Um
certo dia, por volta de quatro da madrugada, Dra. Livramento foi despertada,
pelo recepcionista, para um atendimento. Um tanto sonolenta ainda, talvez por
este motivo, não se fez sentir de imediato o efeito contundente da consulta.
-
Doutora, será que eu posso ter relação anal com meu marido?
Livramento
se espreguiçou, esticou-se toda, procurando afastar o sono, e com ar de
indignação fitou bem a cliente, botou a mão nos quadris, trincou os dentes e
soltou os cachorros:
-
Minha senhora, como é que você manda me acordar a esta hora só para me
perguntar isto? Por acaso o “c...” é meu? Dê minha filha, mas diga ao seu
respectivo esposo, que não use óleo, creme, margarina, manteiga ou cuspe, vá no
sêco. Bote pra lascar. Quem sabe se mais tarde, quando seu fiofó perder as
pregas e estiver sangrando, eu não lhe atenda?
Dizendo
isto se retirou.
Não sabia que Dr. João Veríssimo, além de médico era escritor.
ResponderExcluirKkkkkkkk nessas estórias de médico sai cada uma......
ResponderExcluirDR. JOÃO É UM BOM CONTADOR DE ESTÓRIAS.KKK
ResponderExcluirJoão Antas Veríssimo essa sua particularidade para mim foi uma grande e grata surpresa.
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