Professores de Escola de Referência em Cedro denunciam problemas na unidade de ensinoSegundo os docentes, há cerca de quatro anos, a escola funciona em anexos e, atualmente, parte da unidade de ensino tem como abrigo outra escola estadual.Referência? Referência em que?”. É com esses questionamentos que um professor, que preferiu não se identificar, resume a Escola Estadual de Referência Professor Manoel Joaquim Leite, localizada no município de Cedro, no Serão de Pernambuco. Relatando diversos problemas, o docente enviou uma carta ao Secretário Estadual de Educação, Ricardo Costa, relatando as dificuldades encontradas na instituição de ensino.Como é difícil iniciar um novo ano sem nenhuma perspectiva de vida. Imagine o que é iniciar um ano letivo em que não há esperanças e nem rumo para solucionar os problemas da infraestrutura de uma escola? Se é que podemos chamar de escola o caos em que se encontra a ESCOLA DE REFERENCIA EM ENSINO MÉDIO PROFESSOR MANOEL JOAQUIM LEITE EM CEDRO-PE, se é que também podemos chamar de Escola de Referencia.Como pode um pai de família matricular seu filho numa escola dessas, onde está exposto ao perigo, se na sua casa ele se sente mais protegido? Isso foge totalmente da garantia do direito ao cidadão: o direito a educação de qualidade! Como pode um professor se sentir estimulado para planejar uma aula brilhante para aplicar em sala, ou seja, em salão, se o barulho dos carros é superior a sua oratória? Isso não é estimulação!Como podem estudantes e professores se sentirem motivados ao ensino e a aprendizagem se seu espaço é restrito e o calor é de 40 graus? Isso não é motivação e muito menos calor humano! Como pode o professor usar a mídia e a tecnologia, se é preciso carregar tais aparelhos de anexo a anexo em média de 15 a 20 Kg, entre material escolar? Isso não é inovação nem muito menos tecnologia! De que forma, podemos gritar, se nosso grito é sufocado diante dos órgãos superiores?
Isso
não é motivação e muito menos calor humano! Como pode o professor usar a
mídia e a tecnologia, se é preciso carregar tais aparelhos de anexo a
anexo em média de 15 a 20 Kg, entre material escolar? Isso não é
inovação nem muito menos tecnologia! De que forma, podemos gritar, se nosso grito é sufocado diante dos órgãos superiores?
É
difícil imaginar o que se passa na mente dos chefes em educação, o
motivo pelo qual ainda não tomaram providencias para solucionar tais
problemas da escola a qual me refiro? Vale lembrar que até agora o que
se fez e se faz é encaminhar um topografo ou um engenheiro para medir e
fotografar a escola em ruínas e isso acontece duas ou mais vezes por
ano. Então me pergunto: o que acontece?
Não
estão passando tais informações ao setor de engenharia da Secretaria de
Educação? Ou será que é necessário mesmo, porque no Sertão o sol é
muito quente e o ambiente escolar corre o risco de encolher um pouco!
Acredito que não... isso é falta de bom senso, solidariedade humana!
Vejo que a cada troca de secretário tudo volta a estaca zero! O dilema
continua, as angustias aumentam. E mais uma vez, voltam à escola para
medir e fotografar! E nada se faz.
Até
quando Sr. Secretário? Tudo isso vai ter uma solução? É preciso chamar a
mídia, fazer atos públicos, paralisar as aulas? Isso para o Governo do
Estado não é nada, basta um estalar de dedos e um piscar de olhos e a
solução aparece! Quatro anos não são quatro dias isso sim seria bom
senso! Imagina então a situação de pais que confiaram ao Estado à
responsabilidade de educar seus filhos e eles entraram e estão saindo
sem o prazer de estudar em uma escola digna que garanta um mínimo
necessário para uma educação básica.
Terminando
esse texto, acabo de presenciar um acidente com uma colega que acabou
de cair na calçada de um anexo, pois a situação destes é totalmente
precária e fora dos padrões.”.
Um
relatório elaborado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de
Pernambuco (Sintepe) confirma as denúncias. Segundo o documento, a
Escola Estadual de Referência Professor Manoel Joaquim Leite encontra-se interditada por um período de aproximadamente seis anos.
Ainda
de acordo com o levantamento, devido à interdição, a unidade de ensino
está funcionando apenas com algumas turmas, sendo 70% em anexos. Além
disso, os professores passam por inúmeras situações de dificuldades,
tais como: ameaças de pessoas externas a alunos devidamente
matriculados, salas de aulas expostas a várias situações de
vulnerabilidade e risco, localizadas a vários metros do prédio escolar.
Por
resolução da secretaria e da GRE, algumas modalidades da escola
funcionam como anexo em outra escola da rede estadual a mais de um
quilômetro de distância, dificultando o trabalho pedagógico e o acesso
dos professores e alunos.
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quarta-feira, 13 de março de 2013
NOTÍCIAS SOBRE EDUCAÇÃO - ESCOLA DE REFERÊNCIA EM CEDRO PE POR EVERSON TEXEIRA O
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