sexta-feira, 20 de setembro de 2013

CULTURA E LAZER EM REVISTAS



Do "O Tico-Tico" ao "O Cruzeiro", a moda, o cinema e a diversão passavam pelas páginas das publicações

Para quem tem acesso a muita informação, especialmente após o advento da internet, é difícil imaginar que ler revistas nacionais só era possível com uma semana de atraso ou mais, nas bancas ou quando algum amigo ou parente viajava para São Paulo e Rio de Janeiro. Na época em que televisão e rádio eram luxos, ler revistas como O Cruzeiro e Fon-Fon era uma das únicas opções para se manter bem informado sobre política e também sobre moda e a vida dos artistas.

O humor e as ilustrações de chargistas como Raul e J. Carlos eram o forte da Revista Careta, fundada por Jorge Schimidt, que circulou no Brasil entre os anos de 1908 e 1960O Cruzeiro era uma revista semanal ilustrada, lançada no Rio de Janeiro, em 1928. Editada pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, foi a principal revista brasileira da primeira metade do século XX e só deixou de circular em julho de 1975. Já a Fon-Fon, mais antiga, surgiu no Rio de Janeiro em 1907. Seu nome era uma onomatopéia do barulho produzido pela buzina dos automóveis e foi publicada até agosto de 1958.

A Cigarra era mais voltada para as mulheres. Em seus quadros de colaboradores, estavam Monteiro Lobato e Guilherme de Almeida. Sua circulação se restringia a São PauloMais voltada para as mulheres, A Cigarra, revista paulista, também teve muitos leitores e foi publicada de 1914 a 1975. Entre os seus colaboradores, estavam Guilherme de Almeida, Monteiro Lobato e Oswald de Andrade. Outro sucesso do século passado era a revista humorística Careta, que circulou de 1908 a 1960.

O Tico-Tico foi a primeira revista infantil publicada no Brasil e seus quadrinhos e passatempos foram os responsáveis pela formação de muitos escritores

As crianças também tinham seu periódico preferido, O Tico-Tico. Lançado pelo jornalista Luís Bartolomeu de Souza e Silva, foi a primeira a publicar histórias em quadrinhos no Brasil. Circulou de 1905 até 1970, embora sem ter periodicidade fixa após 1957.

As modistas de todo o Brasil procuravam nos editoriais da Fon-Fon inspiração para suas criações. Na edição ao lado, a capa chamava a atenção para a os vestidos de soirée, usados pelas melindrosasSegundo matéria publicada na Revista Nossa História, da Editora Vera Cruz, em outubro de 2005, O Tico-Tico era leitura semanal obrigatória na infância daqueles que seriam grandes escritores, como Érico Veríssimo, Carlos Drummond de Andrade, Lígia Fagundes Telles, José Lins do Rego e Jorge Amado. O colecionador e bibliófilo José Mindlin, ainda na década de 1970, se lançou ao ambicioso projeto de reunir toda a coleção de O Tico-Tico e conseguiu. Além da de Mindlin, só existem duas coleções da revista no Brasil: a de Arnaldo Niskier, integrante e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, e a da Biblioteca Nacional.

Com matérias sobre os mais diversos assuntos, a revista ilustrada O Cruzeiro era uma das principais fontes para quem queria se manter informado. Ao lado, a primeira capa da publicação

3 comentários:

  1. Poucas são as pessoas que hoje passam a ficar interessados com a leitura, principalmente a juventude. Como se pode ter população consciente assim?

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  2. ainda lembro meu primo que gostava dever essas revistas. Agota só tem é muita putaria.

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  3. Revista o Cruzeiro li muito

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