O QUE HÁ CONOSCO, BRASILEIROS?

O que está havendo com o Brasil? Nunca na história deste País se viu tanta corrupção, desordem, falta de autoridade e omissão de comando como hoje. Depois que a Fifa obrigou o governo brasileiro a cortar mais da metade do hino nacional - e a presidente da Dilma Rousseff cantou o cotôco do virudum - na abertura da Copa das Confederações, num atentado a um dos nossos símbolos da República, a coisa bagunçou geral.

Em Brasília, o tradicional desfile de Sete de Setembro foi um fiasco. Tinha mais soldado vigiando e revistando o povo do que desfilando. Até a pirâmide de soldados em cima de uma moto encolheu. Só 15 mil pessoas foram ver a parada, quando havia lugares nas arquibancadas para 40 mil pagantes. O ministério da Defesa alegou que a redução do desfile se deu porque a parada estava "cansativa" e culpou o clima quente e seco de Brasília. Ora, as tropas desfilam no mesmo clima há quase 50 anos e nunca se mostrou cansada por isso. Que tropas são essas que não aguentam um calor de uma secura? E pensar que já tivemos nossas tropas no Suez. Com medo do povo, a presidente comandou um desfile vapt-vupt. Toda a Esplanada dos Ministérios cercada por grades e policiais armados. Nas ruas, vândalos saqueiam e agridem. A Polícia vê os saques e nem chega perto dos bandidos. Cabe aos jornalistas filmar e fotografar para depois ceder a ela as imagens da desordem.

Prédios públicos e privados e até o Congresso Nacional são invadidos e depredados. Bancos e lojas saqueados. Manifestantes fecham estradas e ruas com fogueiras de pneus e fica por isso. Na capital do País, qualquer grupinho de vinte baderneiros fecha as avenidas e cria o caos no trânsito. E a Polícia se limita a de vez em quando baixar o cassetete, bombas gás lacrimogêneo e de spray de pimenta, quase sempre em quem não tem nada a ver com a bagunça. É de se perguntar - como France, Lino Pereira - que País é este? Estamos vivendo o limiar da desobediência civil. E ninguém faz nada. Não é nada edificante a lembrança de outros povos que começaram assim e deixaram na história páginas negras. Alguns, jamais se recuperaram. Os nossos governantes precisam restaurar a autoridade e fazer valer no País o império da lei e da ordem. Isso sem confundir autoridade com prepotência e diálogo com leniência. Do contrário, logo a coisa estará pior do que em 1964.

Fonte:  Coluna De Brasília