Este país está muito estranho. O vandalismo impera, a polícia é hostilizada, a impunidade reina, a saúde e a educação estão precárias, a censura paira no ar, os direitos humanos, ao que parece, só enxergam o lado dos bandidos; as medidas governamentais dividem a nação brasileira – uns são jogados contra os outros, segregam-se as pessoas em vários grupos, como se todos não fôssemos brasileiros. Não é à toa que a intolerância tem aumentado –, os valores morais estão sendo bombardeados, a legislação facilita o aborto, e por aí vai. Não basta, para um povo, melhorar apenas o lado material – o ter –, há que se preocupar principalmente com o abstrato – com o ser.
Mas o pior disso tudo é que a mídia, de uma maneira geral, apoia esse novo modelo de Brasil, influenciando, assim, a sociedade como um todo. O espantoso também é que, quando algumas raras vozes conservadoras ou liberais vêm a público (tais como as de Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino, padre Paulo Ricardo), a turma da esquerda se manifesta com seu patrulhamento ideológico. É lamentável e impressionante como essa gente não debate.
Muitos deles, inclusive, são intolerantes; quando uma ideia é contrária as suas, se exaltam, não contrapõem com argumentos, apelam para a ridicularização do ponto de vista do outro, como se aquele estivesse dizendo a coisa mais absurda do mundo – uma maneira de intimidar pela força –, e ainda se julgam democratas, dizem que buscam a justiça social (para eles bandidos são vítimas da opressão e os policiais, truculentos), vivem de modo completamente diferente de seu discurso (é a Esquerda Caviar, como diria Rodrigo Constantino), posam de santos, porém, na verdade, são autoritários e sabem mentir como ninguém. Sejamos justos: talvez não mintam por maldade – é que a mentira faz parte da ideologia que seguem, está entranhada, e ela termina por dominá-los, e aí não conseguem mais ver o que está diante dos olhos.
Pois bem, o Brasil, uma nação predominantemente cristã, não deveria ter chegado ao ponto que chegou. Falta maior engajamento político dos cristãos. Por que digo dos cristãos? Sobretudo por dois motivos. Primeiro, o rumo que o país está tomando é divergente e incompatível com a doutrina e os valores cristãos; segundo, desde os primórdios houve missões divinas com a participação na política; vê-se, por exemplo, em Gênesis, José comandando os egípcios, no entanto, o povo hebreu não aproveitou a oportunidade de sair da escravidão.
Depois, em Êxodo, observamos Moisés conduzindo os hebreus à terra prometida. Vale destacar que o percurso do Egito até Canaã poderia ter sido feito em semanas, no entanto, durou quarenta anos (Êxodo 16,35). Por quê? Porque houvera a necessidade de Moisés preparar minimamente o povo para poder ocupar aquela terra. Mas Deus não poderia deixar tudo pronto em pouco tempo? Sim, poderia; mas por que faria isso, se há o livre arbítrio?
Depois, em Êxodo, observamos Moisés conduzindo os hebreus à terra prometida. Vale destacar que o percurso do Egito até Canaã poderia ter sido feito em semanas, no entanto, durou quarenta anos (Êxodo 16,35). Por quê? Porque houvera a necessidade de Moisés preparar minimamente o povo para poder ocupar aquela terra. Mas Deus não poderia deixar tudo pronto em pouco tempo? Sim, poderia; mas por que faria isso, se há o livre arbítrio?
De lá para cá, tivemos vários líderes, e o propósito de Deus para o seu povo certamente ainda não foi concluído. Aí os agnósticos e os ateus poderão dizer: “Balela!”; porém, isso talvez seja um preconceito deles, um olhar preconcebido das coisas (aliás, preconceito está em voga, tudo agora é preconceito – uma idiotice do politicamente correto). Balela, meus amigos? No entanto, é bom que se diga, nenhum cientista político que se preze deixa de ler Maquiavel, e é ele quem diz no capítulo 6, de “O Príncipe”: “Dentre os que se tornaram príncipes pelo próprio valor, e não pela sorte, considero os maiores Moisés, Ciro, Rômulo, Teseu e outros semelhantes.”. Ora, Maquiavel certamente deduziu que Moisés foi escolhido por Deus para liderar os hebreus, em virtude de suas qualidades e também devido à sua visão política – não nos esqueçamos de que ele fora criado no palácio do Faraó.
Mas voltando aos tempos atuais, finalizo dizendo aos cristãos do Brasil que algo precisa ser feito para que não trilhemos o mesmo caminho da Argentina, ou da Venezuela, por exemplo. E a oportunidade de mudança está ao nosso alcance, nas próximas eleições, porque somos muitos, a maioria. O que nos falta é todos ficarmos conscientes da nossa força, quando coesos. Portanto, exorto a cada padre, pastor, líder religioso a abraçarem a missão de conscientizar as pessoas, a fim de que não passemos (como os hebreus) quase meio século para enxergar o que está diante de nossos olhos. Construamos, pois, um Brasil melhor, pelo menos mais aproximado dos projetos de Deus
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Ednaldo Bezerra é estudante de Licenciatura em Letras pela UFPE.
Esse Ednaldo Bezerra que eu pensava conhecer, mas pela fotografia descobri ser outra pessoa, é um colaborador excelente deste jornal com suas publicações inteligentes.Parabéns, meu caro.
ResponderExcluirApesar do suergimento de alguns lampejos refletores de uma possível saída do povo brasileiro da hibernação em que demonstra estar na condição de "deitado em berço esplêndido", ainda não se viu, na prática, nenhum resultado positivo.Para se reverter o quadro econômico e político brasileiro, será preciso muito empenho e determinação , além de de coragem de meter na cadeia esses pilantras petistas que enganaram o povo com a retórica de mudança e transparência.
ExcluirPT piada. Quando nos roubaram, desviaram nosso suado dinheiro, e fizeram mil falcatruas, nunca tiveram vergonha, passaram mal, ou botaram pra ter medo de morrer. DEPOIS na cadeia, passam mal, ameaçam que vão morrer na mão de algoses, querem cumprir pena em casa. Só tenho orgulho de ser Brasileiro pelos trabalhadores como eu, Pela maioria dos políticos eu diria que sou Africano.
ExcluirPor esse e outros motivos deve haver, em breve outras manifestações públicas. Aguardem....
ResponderExcluirO que está havendo no Brasil não é excesso de democracia, mas falta de ordem.Autoridades permitem que bagunceiros promovam fechamento de ruas, destruam o patrimônio , quando deveriam prender quem não respeita os direitos alheios.Usar máscara para esconder sua covardia é bandidagem.esse pessoal, quando apanha da polícia rapidinho tira a mascara e reivindica os direitos humanos.
ExcluirSem querer defender os mascarados e encapuzados que fazem arruaças e badernas nos protestos Brasil afora, não vejo diferença alguma entre os que escondem o rosto nas manifestações e os deputados que defendem o voto secreto para se esconder da população: ambos não querem ser reconhecidos.
ResponderExcluirO governador Eduardo Campos criou um ótimo programa de ensino de língua estrangeiras para os alunos da rede pública. Entre benefícios estava o intercâmbio, porém, após a volta dos estudantes, o governo não deu satisfação e muito menos o certificado prometido.
ResponderExcluirAs mãos empunhadas no alto ofendem a história do gesto e escondem um cinismo sem limites. Não há como comparar as mãos enluvadas dos atletas olímpicos na luta contra o apartheid, nem mesmo o banimento dos sequestradores do embaixador Elbrick, ali pelos anos 60, com o episódio das prisões dos corruptos de agora.
ResponderExcluirNão há de se cogitar perseguição política ou julgamento midiático, como pretendem. Esse julgamento tramitou ao longo de 10 anos, penetrando nas entranhas da sociedade e revirando as vísceras de partidos políticos, bancos, construtoras, estruturas de governo, tudo em público, nada escondido. As comprovações de culpas se deram à larga. De novidade, apenas as punições em uma sociedade habituada à seletividade dos castigos.
Dirceu e Genoíno são heróis de ontem, anjos decaídos de hoje, por escolha pessoal. Deles não temos que nos apiedar. Pouco importa se cumprirão suas expiações na cadeia, em casa ou em hotel, uma vez que os seus crimes acompanharão suas mentes e corações como uma tatuagem, e uma vez também que a sociedade esclarecida não esquecerá seus malfazejos.
São indivíduos que poderiam estar na história ufano patriótica do país, mas que de moto própria optaram pela ofensa ao bem.
Alguns dos seus “cumpanheros” têm chorado sangue. Já a D. Dilma e o Doutor Lula há muito se afastaram e certamente nem os conhecem. É o jogo.
Purguem, pois.
Prezado Luiz Saul Pereira,
ExcluirA sua frase, “Pouco importa se cumprirão suas expiações na cadeia, em casa ou em hotel, uma vez que os seus crimes acompanharão suas mentes e corações como uma tatuagem, e uma vez também que a sociedade esclarecida não esquecerá seus malfazejos.”, trouxe-me conforto, um alento, para ser mais preciso. Que tal consolar mais brasileiros que leem este blog, transformando o comentário em um artigo? Não precisa acrescentar mais nada, só o título e uma charge (sempre uma escolha excelente do editor). Eis, pois, algumas sugestões para o título: “Um gesto hipócrita!”, “Purguem, mentirosos!”, “Purguem, pois, Petralhas!”.
Finalmente, agradeço-lhe pela leitura de meu artigo.