Embalado por dois casos da vida real —uma publicação que ganhou ares de lenda urbana e uma crise conjugal de celebridades—, "Amores Roubados", da Globo, estreou em alta na segunda.
O primeiro capítulo marcou 31 pontos no Ibope (cada ponto são 62 mil domicílios na Grande SP) e fez da série a vice-campeã de audiência da emissora —"Amor à Vida" registrou 37 pontos no dia, o que tem sido ampliado a cada capítulo
Amores Roubados deixa de lado retrato do Recife no Século XIX
"Amores Roubados" foi livremente inspirado no livro "A Emparedada da Rua Nova", do escritor pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913), segundo divulgação da TV Globo.
Pelos capítulos iniciais, muito "livremente".A exibição na sequência da novela das nove destacou a superioridade narrativa e estética de uma obra fechada.
A
trama usa um pífio esqueleto do original, focado nas peripécias do Don
Juan chamado, no livro e na tela da TV, de Leandro.Mas desaparece a
característica mais destacada da obra,que é uma arguta dissecação da
sociedade recifense do fim do século 19.
Tem
um texto intrincado, mas ainda assim acessível, o que explica o sucesso
da publicação em folhetim semanal, entre 1909 e 1912.
A
primeira versão do texto, em livro, é de 1886. Depois da carreira
folhetinesca, as edições da obra completa foram escassas, tornando o
romance desconhecido fora de Pernambuco.
A
edição recém-lançada pela Cepe Editora (nas livrarias por R$ 45) pode
pegar carona na minissérie global. Quem comprar o volume terá nas mãos
um catatau com muitas idas e vindas temporais em suas 518 páginas.
O tamanho do livro não deve assustar. Seu caráter episódico segura o leitor.
A
"emparedada" do título pode ser real ou invenção de Vilela. A moça
enterrada viva sob tijolos é hoje lenda urbana em Pernambuco
Time de Peso dá Relevância a Minissérie Amores Roubados
Um ótimo time dá peso à produção: o diretor de fotografia Walter Carvalho ("Central do Brasil"), o roteirista George Moura ("Linha de Passe") e o diretor José Luiz Villamarim ("Avenida Brasil"), mesmo trio da saborosa "O Canto da Sereia" (2012).
Além de nomes consagrados, a Globo somou atores nordestinos, com passagens no cinema, como Irandhir Santos ("O Som ao Redor"). O investimento valeu a pena.Em "Amores Roubados", a secura do solo e a miséria realçadas na fotografia contrastam com os investimentos que aportaram na região nos últimos anos.
Coronel
A figura do coronel ganhou contornos modernos em Jaime Favais (Murilo Benício), empresário que dirige uma vinícola na fictícia Sertão, cercado de um capanga (Irandhir Santos), da rebeldia da filha (Isis Valverde) e da mulher apática (Patrícia Pillar).
A esses tipos bem delineados pela direção, se contrapõe o protagonista, o sommelier Leandro (Cauã Reymond), um conquistador errante.
Dira Paes e Cassia Kis Magro, em especial, mostraram registros distintos do conhecido do público. A primeira, acostumada a papéis sem glamour nem apelo sexual na TV, foi de volúpia explosiva nas cenas de sexo com Leandro. Cassia, na pele da ex-prostituta Carolina, apostou na austeridade em contraponto com o figurino sensual.
Os próximos episódios acentuarão a química entre Reymond e Isis Valverde, que amadurecem a cada trabalho.Dessa proximidade, vieram os rumores de que a atriz teria causado a separação do ator com Grazi Massafera. A tela deve pegar fogo.
Esse seriado é muito bom. Desenrolado do jeito que eu gosto.
ResponderExcluirÉ MUITA GAIA!!!!! kkkkkkk
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