Acabei de ler o livro de Romeu Tuma Jr, Assassinato de Reputações. Narrado sob a forma de depoimento a Claúdio Tognolli guarda o pecadilho de ser repetitivo, como se o Tuminha quisesse impregnar a compreensão do leitor acerca do seu caráter, do seu profissionalismo, da grife Tuma, mas, sobretudo da clandestinidade moral instalada nas entranhas governamentais para a autopreservação e continuidade.
Bate fundo no Lula, a quem chama de “Barba”, devidamente identificado como colaborador das forças de repressão, e, que, na condição de agente duplo, recebe benesses e a simpatia do estado de exceção, no primórdio da carreira.
Destrincha com emoção a grave e renhida luta intestina de sua gestão como Secretário Nacional de Justiça para a posse uma ferramenta chamada Lab, destinada a identificar crimes financeiros e criminosos. Segundo conta, o Petê pretendia usá-la para caçar os adversários, enquanto que ele, o Tuma a reclamava como instrumento contra os criminosos de todas as origens. Por essa e por outras “indisciplinas” terminou defenestrado.
Fala um tanto de sua carreira como político, mas o que me chamou mais a atenção foi o enfoque dado ao assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André e cabeça coroada do PT, cuja morte investigou por vias transversas e não poupa elementos do partido para a aposição dos panos quentes de forma a não prejudicar a continuidade da campanha do Dr. Lula.
Não chega a ser um livro de cabeceira, mas recomendo a sua leitura a quem se interessar pela contemporaneidade brasileira.
Só um imbecil para acreditar nisso!
ResponderExcluirEssa mentira não merece ser compartilhada
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