E AGORA D. DILMA, COMO SAIR DESSE IMBRÓGLIO? - POR LUIZ SAUL

Saia justa à vista para a D. Dilma. A médica cubana Romana Matos Rodriguez abandonou o programa Mais Médicos, alegando que foi enganada em relação à remuneração, e estará pedindo asilo político ao Brasil.

 
Não passa despercebida a sensação de que a dissidente está sendo instrumentalizada pelos adversários políticos da presidente. Só assim se explica o “desaparecimento” da médica na distante Pacajá (PA) e a sua “ressurreição” no plenário da Câmara Federal sob a proteção de Ronaldo Caiado e do seu partido, o DEM, sem que ninguém explique como se deu a sua fuga, inclusive do “oficial de controle” cubano que certamente existe.

Do imbróglio resulta a dificuldade, talvez a impossibilidade da concessão do asilo, sem ferir as amarrações do convênio havido entre os países, aonde um oferece os doentes, e o outro apresenta os médicos nem sempre preparados. Além disso, o precedente poderia produzir um enorme efeito dominó, com muitos desses profissionais tentando debandar sob o mesmo argumento. 

 
Em passado recente, o Dr. Lula, para não ficar mal com os Castros, simplesmente enfiou em um avião o pugilista cubano que tentou desertar em terras brasileiras, e o mandou de volta à Ilha, sem processo, sem preâmbulos, e na calada da noite.

O episódio de agora tem uma vestimenta nova porque, além da publicidade que já está nas ruas, a médica em questão está sob a proteção de um partido de oposição que certamente não abrirá mão desse Ás do carteado eleitoral. 

 
Como já temos um senador boliviano “asilado” sem asilo, estaremos provavelmente aumentando a coleção de dissidentes em situação irregular.