O Brasil, que já viveu tantas singularidades políticas, parece estar diante de mais outra de natureza grave. Na contemporaneidade da minha geração, a última ocorreu em 1964, quando perdemos 22 anos de democracia, e perdemos também pessoas importantes, tragadas pela vilania da tortura física, mental e moral, resultando em um longo encolhimento da atividade inteligente da sociedade.
Nos dias atuais, com o esgotamento do padrão Dilma/Lula, há uma evidência da instalação de outra dessas singularidades, especialmente porque o túnel está repleto de escuridão. Por mais sectários que se seja não há como apostar alto na qualificação dos postulantes, até porque são falastrões desprovidos de um projeto de realinhar o funcionamento do país. Parecem objetivar apenas o Poder.
Das poucas assertivas recentes, a frase tão adequada quanto inútil do Eduardo Campos de que o Brasil não aguenta mais 4 anos da Dilma é que mais chama a atenção. Inútil porque, ao que se indica, não perderá o pleito. Adequada porque, além de continuar o loteamento das instituições aos militantes, segundo o status, arrisca-se ainda à desconstrução patrimonial de empresas tipo Petrobrás, além de ter que se submeter à furibundez da presidente.
É assustador um país de tal tamanho e com tanta população não produzir a renovação dos seus quadros políticos e administrativos, legando seu futuro à ação descompensada dos mesmos por tantos anos. Resulta que, como na Gália de Asterix, o céu pode cair sobre nós.
Não chegamos a ser uma Bolívia ou uma Venezuela, mas voltamos a ser uma república de bananas. Quem sabe de laranjas.
Por: Luiz Saul
"Blocão" impõe nova derrota ao governo. Insatisfeitos aprovam convocação de dez ministros e da presidente da Petrobras. Dilma age para tentar minar o grupo.
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ExcluirDilma de novo, Armando no governo.
ExcluirLula e seus quarenta ladrões deveriam estar era na cadeia também, que sujeito mais enganador e corrupto.....
ResponderExcluirTá certo que os mensaleiros petistas são todos uns ladrões descarados, mas o senhor Joaquim Barbosa deveria respeitar os votos dos demais ministros, pois o processo democrático é assim mesmo. Aliás, seu Barbosa recebeu umas diárias do erário público quando estava de férias.
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