A contagem regressiva para 2015 aos pouco se transforma na maior angústia dos brasileiros, e não é pra menos. Já estamos vivendo uma inflação modelito argentino, onde o índice oficial é impostura, e o verdadeiro nos defronta nas bancas e balcões, saqueando os minguados caraminguás.
Ultrapassada a eleição, e caindo as máscaras que nos engodam, seremos engolfados por buraco negro inflacionário, com a reorganização dos degraus das classes econômicas, com inevitáveis rebaixamentos e inexoráveis pulverizações de status.
Primeiro virá o aumento dos combustíveis, que não se encerrará em si próprio, uma vez que, além da realocação dos preços dos derivados do petróleo em parâmetro internacional, ainda se perseguirá a recuperação econômico-financeira e patrimonial da Petrobrás, que o Governo dilapidou. Mas, não será só isso. A majoração dos combustíveis repercutirá em todo e qualquer item comercializável do país, que é transportado à gasolina e diesel. Dessa forma, a reavaliação dos preços promoverá a redistribuição apontando para os nossos bolsos.
Num segundo momento de desfazimento da farsa, aumentar-se-á o preço da energia elétrica, em nosso colo algo como R$20 bi de dívida a ser paga, em grande parte, pelos contribuintes.
Implica que, como os salários, os soldos, os proventos, ou qualquer nome que se dê, não serão reajustados na mesma proporção, não se comprará a cesta, a feira, a xepa, ou o que for, com o dinheiro que se compra hoje, ou seja, alongar-se-á o mês, com a redução da receita.
Portanto, teremos o ano do acerto e do aperto, sendo certo que se estenderá por outros períodos, desmistificando a propaganda oficial que nos dava como habitantes de um novo paraíso econômico.
Em tal cenário, tanto faz a tal da Dilma ser reeleita ou qualquer outro que assuma o bastão. O resultado será o mesmo. De errado no caso da reeleição, somente o otimismo mentiroso, enganador, engabelador.
Não se pode afirmar se, com outros perfis de governantes, a coisa seria diferente. Mas, como estamos por tantos e tão infindáveis anos sob o tacão dos mesmos, somente a eles podemos atribuir a derrocada que se avizinha.
Isto não é terrorismo, mas apenas pé no chão alheio às sereias.
Os posicionamentos do senhor Luiz Saul Pereira são muito interessantes e bastante equilibrados, sem demonstrar preferências partidárias, Tudo que ele explanou sou também de acordo.
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