Ir
a Triunfo e não ser recebido na Casa das Almas pelo seu proprietário
era comparável a visitar Roma e não ver o seu Bispo, o Papa.
Ninguém é insubstituível, mas a lacuna deixada com o falecimento
de Assis, nome pelo qual era conhecido e tratado pelos amigos e
visitantes, dificilmente será preenchida.
A
sua morada, a Casa Grande das Almas, cuja cumeeira acompanha a linha
divisória entre Pernambuco e a Paraíba, as obras de arte e a
coleção de antiguidades, nela contida, a singela capela e seu
florido jardim, permanecerão intocáveis e quiçá acrescidas com o
passar dos anos, mas faltará aquela figura simples, afável e que
sabia receber ricos, pobres, turistas, bisbilhoteiros e os amigos, de
uma maneira elegante e acolhedora.
Tive
o privilégio da amizade e de visitar Assis e Geraldina inúmeras
vezes. Participei dos almoços naquela aconchegante copa/cozinha e
mantive contato com a gastronomia triunfense – mungunzá salgado,
mingau pitinga, doce de leite com ovos e muitos outros.
Quando
conheci Triunfo, ainda adolescente, Assis estudava fora e a grande
anfitriã da cidade, era Dona Zélia, esposa de Marçal Maia. Dona
Zélia se foi tem muito anos, e, nesse mês de agosto de fortes
ventos, meu amigo Assis se encantou.
E
no vazio do seu encantamento, as lágrimas dos que amam
verdadeiramente Triunfo, deslizaram pelas faces, escorreram para o
Açude o fazendo sangrar, e a torrente desceu pelo desfiladeiro do
Brocotó, alcançando depois de Flores o Rio Pajeú e correu pelo
Sertão que Assis Timóteo tanto amava, levando no bojo a saudade dos
que aqui ficaram.
Por: Melchiades
Montenegro
Nota dez !
ResponderExcluirMuito justa a explanação do senhor Melchiades Montenegro em relação ao saudoso Assis Timóteo, na verdade quem chegasse na sua residência era muito bem recebido.
ResponderExcluirGente fina !! O amigo Assis vai fazer muita falta em Triunfo.
ResponderExcluirAssis Timóteo e Melchiades Motenegro foram, separadamente, meus companheiros em algum segmento da vida. Assis, amigo de infância, em Triunfo; Melchiades ,colega de trabalho, no IPA. Ambos detinham a fineza e a fidalguia de verdadeiros cavalheiros, dentre outras qualidades, por exemplo: talento artístico e erudição. Muito apropriadamente Melchiades descreve a hospitalidade do que partiu recentemente, bem como a lacuna por ele deixada em Triunfo. As minhas condolência para Socorro, Nanda e Geraldina, que como Assis, seguem portando a fidalguia dotada por Horácio e Consuelo
ResponderExcluirBoa noite sou pesquisador e historiador estou procurando o livro memórias seletivas da infância de melchiades Montenegro p termino de uma pesquisa a respeito de itabaiana pb, já tentei comprar esse livro é n consegui se vc tem ou sabe onde tem por favor me indique, preciso do livro até xerocado caso ele esteja esgotado. Desde já obg.
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