MÃOS
Data: 02/04/2001
Autor: Juan Carlo de Melo Lima
Mãos,
As mesmas que acariciavam hoje suadas e só.
Está aqui ao lado, em frente ao rosto desolado, oi?
Mãos,
Estás nela e tão perto, mas num ontem tão distante.
És hoje minha principal amante.
Pele,
Era como se fosse a mesma, entrelaçada em dedos,
Mãos que torneavam todo o corpo, em busca do beijo.
Desejo,
Um caminho certo a seguir, em curvas e mordidas.
Agora, são cinco apenas, em torno de quatro, sobre uma.
Tocar,
Leve e sutil, deslizasse sobre um lençol, a mesma mão que traiu.
Oi? Não existe mais lençol, nem mesmo um pôr do sol.
Ver,
Olhar e tentar enxergar, falar apenas uma palavra, sussurrar.
Que triste, ela não fala, mas lembra e te condena.
Cinco,
São apenas cinco que fazem lembrar três.
Como é duro olhar-te e lembrar-te, tu que já fostes 10, entrelaçada, amiga.
Mãos, que me fazem lembrar da garota, que soam sós no frio do lençol.
Estás em frente a minha face, falando de tua outra metade. O que fazes?
Tudo bem, as mãos nasceram sós, mas terminarão juntas, entrelaçadas, dez dedos que se cruzam e começam a nova jornada.
— com Cris Lopes.
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