Pesquisa do Datafolha revela que três em cada quatro eleitores da presidente Dilma Rousseff (PT) estão apreensivos ou frustrados. O levantamento foi realizado dois dias após as manifestações de 15 de março, em todo o país.
Os resultados do levantamento, publicado nesta quinta-feira (26) no jornal “Folha de S. Paulo”, mostram que 16% dos que votaram na presidente estão frustrados e consideram o governo ruim ou péssimo. Eles atribuem nota 2,4 à petista. Já 15% sentem-se apreensivos, avaliam a gestão como regular e dão nota 6,1 à presidente. E apenas 11% dos eleitores estão satisfeitos, consideram o seu governo ótimo ou bom e dão nota 8,3 para Dilma.
Já no universo de eleitores que não votaram em Dilma, 47% estão refratários e acham o governo ruim ou péssimo. Neste grupo, a nota média obtida pela petista é de 1,7. Outros 10% estão atentos e 2%, surpresos.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 17 de março, com 2.842 pessoas em 172 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Dos entrevistados, 42% votaram em Dilma e 59% não são eleitores da atual presidente.
No Nordeste do país, onde o PT tem grande número de eleitores, está o maior percentual de apreensivos e frustrados, que somam 76%. No Sudeste, este índice é próximo: 75%.
Em relação à expectativa sobre a economia do país, a maioria dos eleitores frustrados acha que a situação vai piorar. Dos satisfeitos, 27% acham que a economia vai piorar e 30% têm expectativa de que tudo ficará como está.
POPULARIDADE CAIU - Outra pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na semana passada, dia 18, mostrou que o governo da petista é avaliado apenas por 13% dos entrevistados como “bom e ótimo”, contra 62% de “ruim e péssimo”. Dilma teve o pior resultado de um presidente no cargo desde 1992, quando Fernando Collor era rejeitado por 68% às vésperas do impeachment.
Entre os eleitores que ganham até dois salários-mínimos, a aprovação caiu de 50%, em dezembro, para 15% e a reprovação subiu de 19% para 60%. O cenário é ainda pior entre os eleitores com renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, faixa que concentra a classe C, também chamada de nova classe média: a reprovação aumentou de 33% para 66%. É uma taxa maior até que a de “ruim e péssimo” dos eleitores das faixas de renda maior, que ficou em 65%.
Fonte: Agência Brasil
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