PARIS, A PARCELA DE CULPA DE CADA UM - POR EDNALDO BEZERRA

Não sei se é hipocrisia ou visão de mundo limitada. Depois da tragédia em Paris, a mídia esquerdista e muitas pessoas se escandalizam. Todos, é claro, ficamos comovidos. No entanto, no dia a dia, quando tudo está aparentemente calmo, esse pessoal defende bandidos, como se eles fossem vítimas. Ainda por cima, criticam as ações mais enérgicas dos Estados Unidos contra esses terroristas. De fato, as ações podem não resolver, mas certamente evitam que a situação se agrave. Propor um diálogo com terroristas, por exemplo, é o fim da picada.

 

Veio-me agora o que dizia Esopo numa de suas fábulas: "Uma serpente que era frequentemente pisoteada foi pedir a Zeus que a ajudasse. Zeus lhe respondeu:
 – Se tivesses mordido o primeiro que te pisou, um segundo não teria feito o mesmo.
Em outras palavras: Se enfrentares os primeiros que te atacam, os outros te temerão".

 

Mas essa turma parece que não tem limites, mesmo diante de um problema sério, só consegue enxergar o mundo ideologicamente, e, quase sempre, é contrária à democracia americana. Fingem-se de pacíficos, porém, se pudessem, creio que, tal qual Fidel, Mao, Stálin, fuzilariam quem pensa diferente deles. Mauro Iasi que o diga.

 

Pois bem, se continuarem agindo assim, fazendo de conta que são bonzinhos, os terroristas e os marginais agradecem-lhes. O cidadão de bem é quem vai pagar o pato. E ninguém está isento da sua parcela de culpa - nem os apoiadores, nem os omissos.

 

 

 

Ednaldo Bezerra é escritor