Alvíssaras! Finalmente o STF, via Teori Zavaski, resolveu atender a parte da distinta plateia que aspira um país liberto dos corruptos. Daí que o Ministro determinou a abertura de investigação sobre os procedimentos do Renan, do Jader, do Aníbal Gomes, e do Delcídio, que já se encontrava no bico do corvo.
Saindo do polo Eduardo/dilma, o Supremo oferece claras mostras de uma independência que já se contestava, e principalmente de que irá ao encalço de todos delinquentes de todas as muitas quadrilhas encravadas no país. Recupera-se assim a esperança especialmente depois que a Ministra Carmem Lúcia, indignada com a manobra e as bravatas do Delcídio, garantiu que o crime não vencerá a Constituição.
No mesmo dia não foi bonito de ver o Renan presidindo o Congresso e praticando o melhor cinismo dar curso à agenda de redução da meta fiscal cuja aprovação o Governo considera um ato de sensibilidade patriótica, mas que, ao autorizar um déficit orçamentário de R$120 bilhões, estará tão somente acumpliciando as Casas com o profundo ferimento à Lei de Responsabilidade Fiscal.
A acomodação “patriótica” revela o quanto um povo pode ser apequenado e o quanto um Estado pode ser desmobilizado e desmontado pela sanha experiente de uma filosofia de fisiologismo e de assalto ao bem público. Do ponto de vista moral serão deploráveis as inevitáveis comemorações palacianas quando o Congresso se dobrar aos seus caprichos e aprovar a redução fiscal com cara de redenção da dilma. E isso acontecerá.
No entanto, apesar de ceder ao Planalto, as Casas do Congresso continuam alimentando o clima de terror para lembrar à dilma o nivelamento por baixo ao que pode haver de pior em um governante de um país. No caso do Senado, as sessões deliberativas transcorrem na madrugada, de forma a ser interrompida pela falta de quorum estratégica, de forma a alimentar o suspense e permitir negociatas de última hora, nas quais o país continua descendo pelo ralo.
Já na Câmara, os analistas políticos seguem batendo cabeça, ora sugerindo apoiar a manutenção do mandato do Eduardo Cunha no Conselho de Ética, ora indicando a conveniência de mandá-lo às profundezas da Operação Lava Jato, tendo como pano de fundo, o medo do curso do impeachment.
E o cenário torna-se ainda mais perigoso porque o Palácio perdeu em definitivo a base de sustentação no próprio partido, como bem demonstra a independência do Rui Falcão exortando os petistas a votarem pela admissibilidade do processo, contra a orientação palaciana.
Mas, o que está importando mesmo neste momento a meu pensar é a extensão das investigações para os demais indiciados, rejuvenescendo as esperanças.
Por: Luiz Saul Pereira
Jornalista/ Brasília - DF
Abandonado pelo PT, Cunha aceita pedido de impeachment contra Dilma.
ResponderExcluirEstamos vivendo num país sem rumo. O PIB encolhe e o cenário parece que vai ficar cada vez mais sombrio.
ResponderExcluirPrecisa-se urgente tirar a quadrilha do PT de cena no Brasil, depois, não esqueçam de tirar a quadrilha do PR em Triunfo.
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