Por conveniência e embromação, os mexeriqueiros profissionais de cada lado aplicam os mesmos argumentos para acusar, defender, justificar ou explicar quaisquer movimentos dos seus favorecidos, ainda que os escrúpulos morram de vergonha.
A todos os lados tem sido comum argumentar que a divulgação de informações tem sido seletiva com a intenção de prejudicar os respectivos clientes. Em certo aspecto até pode fazer sentido quando se percebe a polarização das notícias negativas ora em Eduardo Cunha, ora no Sistema da Dilma.
As cortinas de fumaça objetivam desinformar ou contrainformar a opinião pública de forma tal que os perfis dos anjos decaídos sejam reconstruídos e que os comentários pareçam encerrar apenas intriga da oposição ou destempero da imprensa sensacionalista.
Paradoxalmente, permanecem no “anonimato” figuras do alto escalão e de baixo calão como Renan, Humberto, Jáder e outros tantos que foram agendados na Lista do Janet ainda no início do ano, mas que, coincidentemente ou não, figuram como aliados do Planalto.
O ponto fora da curva dos enredos reside na postura ignominiosa do presidente do PT, Rui Falcão, que, migrando a tradição do comportamento corporativista, não apenas abandonou o filiado Delcídio, como ainda insiste em recusar qualquer relação com o ex-líder, além de advogar uma desfiliação sem honra.
Mesmo que o senador mereça – e merece! – esse tipo de desprezo, chama à atenção a mudança do procedimento cínico do presidente petista, que, com outros filiados delinquentes mostrou toda a indignação ante as prisões e condenações.
Diferentemente da Casa da Mãe Joana onde tudo é escondido, incentivado e perdoado, a iniciativa privada age rápido para preservar o nome e a marca. No caso do Banco Pactual do então todo poderoso André Esteves, a instituição o substituiu incontinenti, devendo ainda comprar a sua participação acionária para o descolamento definitivo da imagem que agora é deletéria. A Bovespa também o retirou do Conselho de Administração para se preservar.
Acaso fosse assim com o Governo, provavelmente não estaríamos onde estamos. Isso, no entanto, se afigura difícil quando se percebe a magnitude dos envolvimentos nas irregularidades. A eventualidade de uma limpeza no Planalto com base no princípio da inocência e da isenção provavelmente deixá-lo-ia acéfalo.
Só pode ser uma "TEMER-IDADE"...
ResponderExcluirCunha empurra tudo com a barriga. Aliados no Conselho de Ética da Câmara conseguiram adiar votação de abertura do processo de cassação. Enquanto isso, a insegurança fiscal amedronta.
ResponderExcluirEnquanto isso o PIB cai e a crise avança. Esse Pais travou de vez, virou uma zona.
ResponderExcluirMesmo isolado, o outro bandido Delcídio nega-se a fazer delação premiada, a princípio, mas vai chegar sua vez.
ResponderExcluir