quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PRESIDENTO, AJA RÁPIDO PARA MINORAR O DRAMA NACIONAL. AMOR SÓ O DA MARCEL! - POR LUIZ SAUL


O presidento precisa rapidamente compreender que o amor, em política, é tão volúvel quanto volátil. O desamor é instantâneo. E, por isso mesmo, necessitará de uma voracidade próxima do afogadilho para aprovar as medidas apontadas para recuperação moral, social e econômica do país, antes do reagrupamento das forças descomprometidas.
 
Um dos raciocínios importantes poderá ser a manutenção da dupla lua de mel com os presidentes da Câmara e do Senado, especialmente deste, uma vez que o seu titular parece viver em uma bifurcação. Além do mais, deverá adotar um regime de engorda, oferecendo novos banquetes, lanches, almoços e pic-nic com vistas a manter a mobilização da horda que é chamada de base aliada, mas que nem sempre se confirma. 

Urgindo decidir até a data limite que autorize a implementação das medidas no próximo exercício já não há tempo para tergiversar, até porque a renovação dos argumentos contrários e da força de cooptação não pode ser desconsiderada ante as teses de mentiras bem construídas.

Ainda agora, na discussão da PEC 241, do Teto dos Gastos, renitiram seus opositores na argumentação aleivosa de se tratar de um instrumento de redução de conquistas sociais e de desapoio a universidades públicas, e ainda que os dinheiros oficiais serão retirados do SUS e de programas do tipo Minha Casa Minha Vida para a alternativa de pagamento de dívidas a banqueiros.

“Eles” não parecem nem estar aí para os problemas, como, por exemplo, no episódio em que o PT, do Afonso Florence, e PCdoB, da Jandirão, frustraram a aprovação da proposta de Repatriação, na contramão dos apelos dos governadores petistas que ansiavam pela medida. Agora, estão correndo com a cuia na mão em busca de nova negociação.

Cunhando a tese leonina de “nenhum direito a menos”, esse tipo de falsidade de argumento opositor optou pela conveniência de ignorar a disposição daquela deplorável ex-presidente de implantar ajuste fiscal, na época concebido pelo seu ministro Joaquim Levy, prevendo rigorosamente quase a mesma redução de gastos públicos ora aprovada. Foi assim que o então Ministro da Fazenda tão bem comprometido foi incinerado e a oportunidade de minorar o drama nacional, perdida.

A questão que sobra para o Michel Temer são os futuros embates em assuntos naturalmente sensíveis à população e suscetíveis da formulação de novos palanques de sobressalto e de imposição de ludíbrio aos menos informados da população e principalmente aos menos conscientes do parlamento, os quais, de olho na renovação dos mandatos no ano 18, poderão estar dispostos a qualquer astúcia para se manter nas cadeiras atuais.

Portanto, senhor presidento, aja rápido e quanto ao amor, acredite somente no da Marcela.



Por: Luiz Saul Pereira
        De Brasília - DF

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