Neste país por natureza simbológico, o Michel (75) declarou que, com um filho pequeno e uma esposa jovem (33), não teria energia para se candidatar a um segundo mandato. Nem votos, apesar das medidas propostas. A medida da importância ou da irrelevância desse político só será percebida muito adiante. No entanto, picado pela mosca azul, pode ser que mude de ideia.
Ainda sobre símbolos, o intransigente defensor da dilma, ex isso, aquilo e aquilo outro naqueles governos, José Eduardo Cardoso, parece haver-se voltado para a advocacia pragmática sem cor ou credo, ao assumir a defesa do prefeito de São Caetano do Sul, um peemedebista histórico.Podemos chamar essa nova postura de profissionalismo contorcionista ou de uma singela questão de sobrevivência ao fim das boquinhas institucionais. Afinal, a Justiça é cega, como se diz por aí.
Pode ser interpretado, também, como o mesmo gesto do seu partido, o PT, que, com o fechamento das torneiras financeiras das empresas construtoras, das famosas doações não contabilizadas, e também sem o recolhimento dos dízimos dos milhares de petistas escanchados no Planalto e adjacências, viu mirrar os cofres, passando a implantar a sua versão de ajuste fiscal, onde, ao contrário de antigamente, os recursos são contados moeda a moeda, e os gastos idem. Assim, imaginem só, o partido já vem até contribuindo para aumentar o desemprego, mediante a “devolução ao mercado” de alguns funcionários. Os pixulecos definidos pelo Vaccari são, hoje, uma remota e saudosa lembrança de uma criminosa bonança.
Seria teoricamente bom se fossem só essas desventuras a rondar o partido, mas não é, como se demonstra nos despachos do Ministro Herman Benjamim, uma versão de Sérgio Moro lotado no TSE, que autorizou nova operação pela PF, quebrando o sigilo fiscal de gráficas e respectivos proprietários com vistas à apuração do real destino de milhões de reais aportados na campanha da Janete (ex-dilma) em empresas sem as qualificações e capacidade devidas para os serviços contratados com aparência fraudulenta. A “coisa” só não vai terminar em cassação da chapa porque o tempo e os recursos conspiram hoje e conspirarão até o ano 18 contra a possibilidade.
Sem embargo da procrastinação do processo, e, segundo dizem, de uma velada cumplicidade de um ou outro lugar, o processo ainda deixará alguns cadáveres políticos no caminho, como, por exemplo, o Lula e a própria Janete.
Basta notar as declarações vazadas e ainda não confirmadas do Marcelo Odebrecht, segundo as quais era política da empresa manter vivo o prestigio do Barba após a sua retirada da Presidência da República. Por isso, segundo os boatos, a construtora teria mantido em aberto uma conta corrente exclusiva para financiar as atividades e explorar a imagem e o prestigio do Lula, especialmente junto àqueles governos aos quais o Brasil irresponsavelmente financiara com transferências financeiras, imposições de empreiteiras para obras financiadas pelo BNDES, e também pelos perdões concedidos. Daí, a ficção das “palestras”.
Pois é, nesse interregno apelidado de recesso muita coisa pode e acontecerá para impedir sonos, inclusive do Michel, o herdeiro, que, além da confessada falta de energia, pode ver ameaçado o seu reinado, embora pessoalmente este observador não acredite no desfecho do julgamento final da chapa antes do ano 18.
A ver.
Brasília - DF
Abrir os artigos do senhor Luiz Saul Pereira é a certeza de uma boa leitura.
ResponderExcluirTambém acho que o Saul colabora de maneira qualificada com esse jornal midiático de também grande importância para o município de Triunfo e região.
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