sexta-feira, 25 de agosto de 2017

DRAMAS DA SECA NO SERTÃO NORDESTINO - POR IEDO FERRAZ


(Foto Ong Benvirá)

No ano de 1983, o nordeste brasileiro foi atingido por uma grande seca. Para amenizar o sofrimento deste povo, o Governo Federal daquela época criou as frentes de emergência, que tinha como objetivo a fixação do povo nordestino em seu território por meio destes trabalhos de cunho social paliativo. Com isto, seria evitada a migração do homem da roça para os grandes centros urbanos, principalmente São Paulo. Estes trabalhadores foram encarregados pela construção de açudes, cacimbas e barreiros para combater os efeitos de uma estiagem prolongada. O Exército brasileiro foi o Órgão responsável pelo alistamento, fiscalização e pagamento destes camponeses vitimas da seca. Cada trabalhador recebia meio salário mínimo no final do mês, por quatro horas trabalhadas durante o dia. Em Afogados da Ingazeira, local onde esta foto foi tirada, as mulheres foram excluídas do trabalho com o argumento que elas deveriam ficar em casa. Diante dessa situação, elas resolveram fazer um protesto reivindicando os mesmos direitos dos homens. A luta delas surtiu efeito e, as guerreiras sertanejas foram alistadas nestas frentes de serviço emergencial. Foi um trabalho penoso para muitas delas, aos quais foram trabalhar grávidas com o propósito de ajudar no sustento das famílias atingidas pelo verão quente e seco daquele ano. 


Por: Iedo Ferraz Lima
        Triunfense, pernambucano, brasileiro, cidadão do mundo 


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