terça-feira, 22 de agosto de 2017

PERGUNTA PRA MIM! EU RESPONDO! DIDATICAMENTE! - POR LUIZ SAUL




Na jabuticabeira daqui todo dia nasce um fruto do imaginário dos “nossos” homens públicos, alguns dos quais carentes de uma recauchutagem cerebral. Na verdade, qualquer cidadão no gozo dos direitos e preservados na saúde mental pode e deve contribuir para a solução das dificuldades nacionais. O problema é a medição dessa saúde mental.
Tem aquele que, travestido de corregedor de cadeia, e se valendo do cachorro que balança o rabo, que pode ter fundamento mas revela autoritarismo para mostrar quem manda, desempatou o prende-solta-prende-solta de reconhecidos criminosos tidos como da intimidade, que tanto alimentaram a corrupção no Estado.
Na linha de interpretar ao próprio talante a relação de independência dos poderes, e talvez por atestar a inaptidão dos congressistas, arrogou-se como conselheiro da República para propor a introdução de eufemístico semipresidencialismo como a forma de governo. Descuidou-se de observar que a adoção da proposta implicaria a outra denominação de semiparlamentarismo, e que o sistema parlamentarista já foi recusado, no Brasil, em audiência plesbicitaria.
E, apesar de tamanho desvelo fiscalizatório, ninguém se manifesta sobre a antecipação das campanhas eleitorais do Lula e também do Renan.
Mesmo assim, nada de novo para quem procura enriquecer o protagonismo que já detém com outras, digamos convicções de confronto. É tudo uma questão de aproveitamento do vácuo deixado pela inapetência dos outros “representantes” do povo, e que se confirma no bate cabeça em andamento na Câmara dos Deputados nessa corrida contra o tempo na busca de uma solução em que todos se deem bem, amigos e inimigos.
E, de fato, quando se olha para as movimentações no antro da Câmara, a visão não favorece. Como já não se pode selecionar um dos tais jeitinhos, e como falta estratégia, inteligência e principalmente visão perspectiva do futuro, os deputados não sabem o que fazer para justificar uma reforma eleitoral que reforma não é, nem o será.
Assim, a busca estará restrita a uma forma ou fórmula financeira garantidora do retorno de todos, ou pelo menos da maioria. Tem o desavergonhado Fundo de Financiamento da Democracia, de R$3,9 bilhões que todos querem, mas têm a dificuldade básica de defender em público. Aí então, na premência do esgotamento do tempo, estão se voltando para a tese do financiamento empresarial que já foi considerado inconstitucional. Quanto ao autofinanciamento, nem pensar! E ainda tem a questão do modelo de eleição, se pelo distritão, se distritão misto, se isso ou aquilo.
Enquanto isso, os partidos da chamada base aliada, ou estão em regime de rachadura profunda, ou estão encostando o combalido Presidente de plantão na parede, por cargos e influência.
É por essas e outras que o Lula, de passagem pela cidade de Estância, em Sergipe, em plena campanha, filosofou que “Estou aqui pra ver se a gente descobre o que aconteceu com este país”.

Pergunta pra mim! Eu respondo! Didaticamente!



Por: Luiz Saul Pereira
        BRASÍLIA - DF

Um comentário:

  1. Boa tarde.

    Meu caro Luiz Saul,eu creio que não só você mas,uma pá de gente gostaria de responder a altura ao estapafúrdio comentário filosófico do estrume do LULA.
    Ora num pais onde pelo menos 90% do eleitorado é analfabeto politico ou semi, é como diz o velho ditado: Em terra de cego quem tem um olho é rei ou se imagina sendo, e se tiver dinheiro , ou um "deuzinho de merda...mas um deus.
    Nos meus 60 e poucos anos se tem uma coisa que me arrependo ,é de ter votado a primeira vez naquele LIXO, nunca tinha votado na minha vida e hoje percebo que estaria com a consciência mais tranquila se não tivesse ajudado aquela desgraça a se revelar.
    É como dizem você que saber quem é o ser humano? Dê poder a ele.
    Uma vez no começo da década de 80 estava eu a andar pelo mercado São José quando li na camisa de um jovem: NÃO TORNE UM HOMEM HONESTO NUM LADRÃO, NÃO VOTE.
    Nunca mais me esqueci disso.

    Parabéns pelo belo texto.

    Fernando Alencar
    Um abraço

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