Comecemos por sermos mais justos conosco mesmo ante as injustiças que cometemos a partir do momento em que endossamos o vilipêndio do direito constitucional que cada um possui.
Ousamos dizer, gritar, bradar por uma sociedade mais justa mas parece acontecer no silêncio, na inércia, no medo que parece ser irremediável.
Ousar denunciar, dizer aquilo que presenciou, que presencia, que poderia no mínimo reduzir e encorajar outros que sofrem desta fobia incutida pelos “coronéis” que nada mais são do que os grandes diabos, malfeitores que vivem a alienar a sociedade de maneira sórdida já seria um bom começo.
Questionar acerca de tanta impunidade na atualidade, nada mais é que a mudez, do medo de ser perseguido e morto porém a morte da alma não está no perecimento carne que cedo ou tarde estará em putrefação tal qual o escárnio desta sociedade corrompida e que se corrompe ainda mais ao ponto de achar que tudo não passa de apenas um momento.
Precisamos entender que que o momento que se diz agora, não é muito diferente do império, colônia, escravidão, ditadura e a ceifada maligna que nos atinge covardemente nos atuais dias.
Neste país, diante de tantas notícias que vemos e ouvimos através da mídia acerca da corrupção onde nomes de “privilegiados”, notórios “representantes” do povo que estão sendo investigados, condenados, não é possível que se permita o segredo de justiça estabelecido para atos condenados em primeira instância e que são protelados em Tribunais.
A sociedade como um todo, precisa tomar conhecimento para que possam fazer suas escolhas futuras e não caiam ludibriadas como vem acontecendo.
Bem verdade que o judiciário, mesmo que capenga, vem cumprindo o seu papel mesmo que depois, em temerosas transações, tenham as sentenças reformadas possuindo com toda a verossimilhança os indícios e provas concretas das ilicitudes.
E aí o povo pergunta e questiona: “ que justiça é esta? ” “Nada muda! ”.
Passemos a pensar e continuar com este devaneio e aí sim, a impunidade e a bandalheira continuarão e certamente chegará para aqueles que achavam que era somente com os outros e que era somente um momento.
Ah! como gostaria de acordar percebendo que tive um pesadelo e que o sonho, como o sonho de tantos outros permanece vivo. Que este escárnio político, dissimulado vai ser expurgado pela força deste povo sofrido e guerreiro.
Há de se convir que este mal que atordoa, que incute na cabeça, principalmente dos jovens que estão por aí, sem perspectiva de vida, se dá exatamente pela lama podre que assola o país e que parece não ter fim.
Sonhar não custa nada e principalmente quando se sonha em ver esta Pátria mãe que só não é gentil por conta de alguns “filhos” que exploram os seus irmãos com ingredientes da fome, da falta de solidariedade, de respeito, de amor pelo seu próximo.
Williams Terto
Advogado
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