quinta-feira, 10 de maio de 2018

SERÁ QUE OS ALUNOS SAIRÃO APTOS? AO COMBATE? OU EXERCÍCIO? - POR LUIZ SAUL

Resultado de imagem para AULAS o sistema de lavagem de dinheiro à Polícia Federal e ao Ministério Público.
Agora, distinta plateia, só por hipótese, pensemos no seguinte cenário:
A Família Gambino, o Al Capone e o Lucky Luciano dando aulas ao FBI sobre a burla da Lei Seca, contrabando etc.; a Cosa Nostra e a Camorra orientando as autoridades italianas sobre o funcionamento de suas atividades; o Fernandinho Beira Mar e o Marcola, explicando à Polícia Federal os caminhos do narcotráfico e de contrabando de armas para o Brasil.
Pois bem, ainda que pareça impensado e chocante, esse tipo de joint venture estará sendo inaugurado no país moreno por intermédio da “contratação” de pelo menos dois doleiros em parte responsáveis pelo expatriamento de bilhões de dólares, frutos de corrupção, do Brasil para paraísos fiscais.

Consta que, da leva de doleiros presos pela operação “Câmbio, Desligo”, da Lava Jato, destacaram-se o Vinícius Claret (Juca Bala) e o Claudio Barbosa (Tony), os quais, visando reduzir suas purgações, passariam a dar aulas sobre o sistema de lavagem de dinheiro à Polícia Federal e ao Ministério Público. O curso de capacitação (chamemos assim) constaria, no caso, de 200 horas aulas/ano durante 6 anos.
Restará saber se os alunos sairão aptos ao combate ou ao exercício.
Ao desvendar a atuação dos doleiros, em número aproximado de 33 indivíduos com maior ou menor expressão na atividade, as autoridades da repressão puderam vislumbrar a extensão do dano continuado que, em primeiro momento, sugere a retirada criminosa da circulação interna de algo em torno de US$1,9 bilhão.
Enquanto essa espantosa soma de dólares era exportada pelos “nossos” criminosos de estimação de todos os partidos políticos e bandeiras ideológicas, a saúde, a segurança e a educação dos brasileirinhos desciam pelo ralo.
Uma vez contabilizado o prejuízo, é certo que a prisão de 33 doleiros trará profundas preocupações a muitos dos “nossos” agentes políticos que poderão ter denunciados seus delitos financeiros acaso despercebidos, além da possibilidade da revisitação a outras operações criminais acaso abandonadas ou encerradas por falta de prova provada, mas que, com a eventual sucumbência delatora desses novos presos, os fantasmas voltarão a assombrar cada qual.
Já tem muita gente com o coiso na mão.
No entanto, por inusitado ou estapafúrdio, pode ser que a contratação desses novos “professores” e da instituição da cadeira pós acadêmica de lavagem de dinheiro nas esfera do aparato da repressão criminal, produza resultado de retorno dos dinheiros faltantes, e, mais que isso, previna a perpetração de novos delitos similares, até que a bandidagem encontre solução para a retomada de suas atividades, porque, segundo o adágio, a cada ação há de corresponder uma reação.
É assim que é, também nas ações dos criminosos, como em qualquer atividade em busca de aperfeiçoamento.
Mas, com tantas novidades, pode ser que devamos rebatizar a Lava Jato como a Operação do Fim do Mundo....


Por: Luiz Saul Pereira
        BRASÍLIA - DF

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