Nenhum município do sertão de Pernambuco possui uma vocação turística tão grande como Triunfo. Seu clima é agradável no verão e frio no inverno; sua topografia acidentada favorece ao descortino de paisagens deslumbrantes; seu regime pluviométrico regular o transforma quando todo o sertão torna-se cinzento no verão em um verdadeiro oásis e sua produção de frutas é inigualável produzindo das frutas nativas tropicais até as de clima temperado. Desde os primórdios de sua história Triunfo foi procurado como local de repouso, lazer e cura. Devido a sua pujança comercial e produção de rapadura, cachaça e café no início do século XX seu comércio floresceu, criou-se um conjunto arquitetônico esplendido e sua população foi contemplada com uma excelente rede de ensino o que refletiu atualmente em um palpável diferencial intelectual, diferente do resto do sertão. Com tudo isso Triunfo não descola o turismo na proporção que seu potencial permitiria. Falta aos dirigentes e habitantes vontade e conhecimento para dar a cidade e seus arredores uma paisagem turística com plantio em larga escala de árvores e plantas florísticas de clima frio; desenvolvimento de um artesanato forte; incentivo a instalação de lanchonetes e restaurantes voltadas para o visitante, com um cardápio compatível a fama local.
Os turistas que desejam passear a noite pela cidade, não tem aonde cear a não ser em locais rústicos sem atendimento satisfatório dividindo o espaço com freqüenta- dores de bar, e alguns hotéis não oferecem a opção da refeição noturna. Quem conheceu Triunfo no final dos anos cinqüenta e sessenta do século vinte viu uma cidade coberta de flores nos jardins particulares e nas praças públicas. Hoje não se vê. Torna-se urgente e necessário que Triunfo siga o exemplo de Gramado no Rio Grande do Sul , Campos do Jordão em São Paulo entre outras, e mais próximo a nós Gravatá que desenvolveram uma estrutura turística e implantaram uma paisagem de clima frio como um cenário para o viajante admirar. Ter potencial e não explorá-lo e o mesmo que ter VOCAÇÃO E NÃO EXERCER O SACERDÓCIO.
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