AO PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES

Caro Vereador Josivan Geraldo,

A princípio, não tivemos intenção de respoder sua correspondência enviada e publicada como Direito de Respota, por acharmos um tanto amigável e divertida (fato comentado entre nós durante mensagens e telefonemas trocados) parecendo mais um inteligente desabafo pessoal do novo poeta da Região de Canaã, citando passagens pitorescas da tranquila infância sob o controle dos exemplares genitores.

Depois de receber insistentes telefonemas de leitores assíduos informando o texto ter sido xerocado, distribuido, exibido e divulgado, inclusive na tribuna da Câmara, parecendo um troféu conquistado, passando na verdade a ser considerado por alguns como posição de enfrentamento do senhor presidente ao nosso informativo, visando satisfazer desejo dos demais pares com suposta façanha, resolvemos tecer algumas considerações:

01- Recebimento do texto e sua publicação integral demonstra nossa índole democrática;

02- Diferenças sociais ou políticas não coadunam com nossos princípios, somos todos triunfenses;

03- Agradecemos o acompanhamento e reconhecimento relativo ao trabalho independente desenvolvido no blog;

04- Discordamos ser fonte de informação dos problemas locais, a função fiscalizadora pertence ao vereador;

05- Baixo conceito atribuido pela maioria ao Poder ora representado, traduz sua apática atuação;

06- Diferente seria a essa Casa serem dirigidos votos de reconhecimento como alguns acreditam merecer;

07- Atuação legislativa consiste fazer ponte entre os poderes constituidos de forma harmônica e independente, não submissa;

08- Bancada única se constitui fato estranho e pouco visto nos demais recantos brasileiros, incllusive regionais;

09-Desconhecemos quem se acha bem representado pelos dependentes vereadores componentes do parlamento atual;

10- Mantemos relação saudável de amizade e convivência com todos integrantes da unificada bancada, porém somos contrários enquanto conjuntura;

11- Realmente se escuta reclamações constantes e nenhuma atribuição de credibilidade sobre atuação do orgão;

12- Considerar natural escândalos ocorridos em outras Casas Legislativas para salvaguardar a nossa, não significa plenitude, mas injustiça;

13- Equivalência de 9 vereadores X 513 deputados federais não diminui a culpabilidade, muito pelo contrário agrava;

14- Dentro de uma avaliação percentual, o reduzido número de vereadores em relação aos deputados se torna mais nítido o descaso;

15- Nivelar a atuação indigna desse Legislativo, por baixo, significa completa normalidade;

16- Bastante estranho e inadimissível seria a considerável parcela que se opõe referendar um grupo não correspondente;

17- Fica visivel a falta de compromisso dos vereadores com o município, enxergando somente assistencialismo;

18- Precisa haver naquele ambiente do povo, mais humildade e reconhecimento de que não funciona a contento;

19- Exigir que todos comunguem na cartilha do nepostismo, assistencialismo, paternalismo, clientelismo, que aprenderam a rezar, não vale;

20- Entendam serem figuras mortais, ocupando cargos transitórios que são hoje e amanhã não;

21- Aqueles que se posicionam cobrando melhor atuação parlamentar são os contribuintes que pagam seus salários;

22- Evitem ver os personagens discordantes do nosso município como inimigos eventuais, estão lutando pelos seus direitos;

23- Aprendam que o poder emana do povo, sendo ele o maior responsável pelas mudanças;

24- Procurem deixar as diferenças eleitorais de lado e entendam que pelo fato de ser conterrâneos, nascidos, criados e convivendo no mesmo lugar estamos irmanados;

25- Recomenda a Carta da República severas sanções inclusive a parlamentares não cumpridores do dever representativo;

26- Avocar Estado de Direito, para justificar o pseudo legislador agir de acordo com sua conveniência é incorreto;

27- Louvamos a educação doméstica recebida, não utilizando gestos considerados obscenos no passado, agora recomendados pelos insatisfeitos;

28- Proposições recebidas seja de qual setor, requer análise circunstanciada dos competentes membros antes da aprovação;

29- Acatar matérias para votação de forma aleatória, embora não corresponda ao anseio da população sempre aconteceu;

30- Esquivar-se pessoalmente de não participar dessa negociata comum entre a bancada é outra coisa;

31- Pregar independência como prática comum dos poderes aqui é querer filosofar;

32- Citar ensinamentos do Direito Administrativo enquanto os trabalhos da Câmara não são condizentes soa demagógico;

33- Proveitosa a vinda do distrito, podendo assim estudar, trabalhar e vencer na vida honestamente como presidente;

34- Gostaríamos que todos pudessem dispor de coragem suficiente para abraçar essa grande oportunidade;

35- Graças ao interesse dos familiares e esforço próprio é agora representante do povo devendo portanto servir como exemplo e não como um elemento político comum, cheio de: vícios, artimanhas, maracutaias, falsidades e corrupções. Sucesso na caminhada. A luta continua...

Estamos convencidos na forma diferenciada e objetiva ter satisfeito a curiosidade e respondido seus questionamentos, nos colocando à inteira disposição do dileto amigo para qualquer eventual explicação pessoal ou na Casa Diocleciano Pereira Lima.

Atenciosamente,

Carlos Carmelo Ferraz Farias - Editor do Blog Opinião