quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CURIOSIDADE DO BLOG: MISTER JEANS



"A velha calça desbotada ou coisa assim
Imediatamente você vai, Lembrar de mim..."

Detalhes - Erasmo Carlos e Roberto Carlos

Do velho oeste americano para o mundo foi essa a trajetória do jeans, hoje uma peça indispensável no vestuário masculino e feminino. Nascido de um tecido marrom, depois emergido para a cor verde e, finalmente, para o tradicional "blue", a partir das décadas de 40 e 50, a roupa passou a ser incorporada no uso informal jovem.

Inicialmente, foi uniforme de trabalho para operários de minas de ouro, nos Estados Unidos. O comerciante Levi Strauss, imigrante alemão, que também era vendedor de lona, fez calças de lonas para os garimpeiros que teve imediata aceitação pela durabilidade. Strauss registrou o invento que, logo, começou a ser fabricado com brim azul, sob a marca Levi´s. Em 1890, a Levi´s criou seu modelo mais famoso, a calça 501.

A comodidade e praticidade que o jeans proporciona, aliadas a sua fácil manutenção, foram definitivas para sua fixação como vestuário básico. Na década de 1950, o jeans era usado pela juventude rebelde americana, influenciando o mundo todo. A produção estava a cargo das marcas Lee e Wrangler, além da Levi´s. No Brasil, a São Paulo Alpargatas foi a pioneira a fabricar as chamadas calças de brim Far-West, uma versão do jeans americano.

O conceito de uso do jeans como símbolo de rebeldia jovem e despojada foi difundido pelo cinema, em filmes que tinham James Dean e Marlon Brando como ídolos da juventude. Nesta época, as marcas Levi´s, Lee e Mustang passaram a competir mais fortemente no mercado.


Um dos primeiros a trazer o jeans para o mundo da alta costura foi o estilista norte-americano Calvin Klein. Ele foi muito criticado pelos mais conservadores, que nem imaginavam que aquele era o início de um caminho sem volta. Aos poucos, o preconceito caiu e estilistas famosos, como Pierre Cardin, Jacques Fath e Van Cleef Arpels, criaram suas linhas. Yves Saint-Laurent chegou a declarar: "Eu gostaria de ter inventado o jeans. Ele tem expressão, sex appeal, simplicidade. Ou seja: tudo o que eu procuro em minhas roupas".

Surgia assim o conceito de design do jeans. Peças com forte conotação de status, nas quais as logos estampadas eram tão ou mais importantes quanto o corte. Essa onda teria seu ápice nos anos 80. Ao mesmo tempo, o jeans fazia as pessoas se darem conta da importância, da criatividade e da autenticidade na hora de se vestir, bem como do valor do conforto e da praticidade. Era a moda casual que ganhava força. Essa aparente contradição entre o simples e o fashion, contudo, não foi capaz de enfraquecer a personalidade do jeans. Pelo contrário, democratizou o tecido, que se mostrou capaz de agradar a ricos e pobres, e ocupar espaço no armário tanto do yuppie quanto do operário. É com esse status que o jeans atravessou os anos 90 e entrou no século XXI com força total. É um tecido extremamente resistente e versátil. Afinal, só ele seria capaz de resistir a corridas do ouro, cowboys, guerras, motoqueiros e continuar ser peça básica e elegante para todas as ocasiões.

6 comentários:

  1. Que matéria interessante, legal!!! Lembrei-me do sonho de consumo da nossa geração, ter uma calça LEE, que só tinha na importadora FLAG na Conde da Boa Vista a preço de ouro. Hoje temos uma produção nacional invejavel e grande parte bem ali em Turitama,graça a globalização e suas consequências.
    E o detalhe da calça desbotada do Roberto Carlos foi o máximo...
    Virgina Dantas. Recife

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  2. GOSTEI DESSE HISTÓRICO E A DIVULGAÇÃO DO NOSSO POLO DE CONFECÇÕES INSTALADA NA REGIÃO DE CARUARU, SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE E TOTITAMA.

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  3. A calça jeans chegou para ficar, adotei esse tipo de vestuário e não pretendo largar jamais porque serve em toda ocasião.

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  4. QUE CENA MAIS ROMÂNTICA ESSA DO JEANS.UAUHHHH!!!

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  5. O jeans passou a ser uma necessidade básica da nossa juventude.Adoro!

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  6. Faça o que for necessário para ser feliz.Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade ( Mário Quintana)

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