FECHAMENTO DO MATADOURO REVOLTA MARCHANTES

Procuramos ao longo desses anos, sempre tomar  posições transparentes em relação ao Matadouro Público Municipal, situado no Bairro Bom Jesus, nesta cidade, defendendo com vigor sua transferência o mais rápido possível para alguma adequada parte na periferia da cidade, por ter sido aquele espaço condenado pelo eficiente representante da Adagro, veterinário Guaracy Boa Viagem, desde a segunda administração do prefeito Eduardo Melo, devido: condições físicas estruturais precárias, funcionamento sanitário indevido e localização no perímetro urbano,  apresentando grandes riscos à saúde da população.

Em nossa ótica a simples remoção promoveria de imediato, melhoramento substancial na qualidade de vida dos moradores próximos, insatisfeitos há décadas com aquele odor insuportável e  proliferação de insetos, situações constatadas e condenadas por todos aqueles habitantes conhecedores do problema e portadores da mínima sensibilidade. Apesar de possuir  vantagens superiores a todos os existentes nas cidades circunvizinhas, que carecem possuir fossas sépticas, água abundante, esgoto subterrâneos, tarimbas higienizadas, trilhos potentes, entre outros. Até aí tudo bem...

Bastante diferente é tomar conhecimento através de nota oriunda do Poder Executivo comunicando, que o abatedouro local  foi desativado, ficará provisoriamente no município de Santa Cruz da Baixa Verde por tempo indeterminado sob termo de cooperação, vindo no futuro incerto funcionar em definitivo no Matadouro Regional de Serra Talhada, fato que revoltou os mais de 50 profissionais marchantes, familiares,  ajudantes, fornecedores pela surpreendente e incômoda mudança sem prévio entendimento, que certamente proporcionará prejuízos incalculáveis para todos, podendo vir a dizimar a tradicional classe no "Oásis do Sertão".

Esperávamos que o chefe do executivo viesse a público esclarecer de forma democrática e coerente, movido por  um diálogo moderador eficiente, capaz de conseguir solucionar o problemático caso, sem confrontos e arranhamentos, entre habitantes locais,  gestão pública e profissionais de abate; justificando ao mesmo tempo razões convincentes do planejamento previsto  ou mesmo voltando à atrás dessa radical decisão.

Entretanto, o que observamos foi um silêncio inquietante e por que não dizer angustiante, depois dessa reação estúpida de ordenar a destruição sem qualquer tipo de negociação aprovada, complicando ainda mais a  situação e fazendo com que elevado o número de tradicionais margarefes saísse para protestar e exigir do governo o merecedor respeito.

Conclamamos aos habitantes que amam Triunfo comparecerem às reuniões dos machantes, onde pode ser formada uma corrente de opinião  avassaladora  obrigando esse governo  despertar para a insensatez  cometida por vontade própria, sem ouvir os seguimentos sociais triunfenses, mas apenas uma gama de subservientes seguidores, dependentes dos cargos ocupados ao ponto de tratar o assunto como de caráter pessoal, o que nada tem haver, nem nos intimida, muito pelo contrário, ativa.

Estamos como triunfenses conscientes dos nossos direitos legais, estranhando a prefeitura recusar a razoável proposta feita pelo Grupo Natal, relativa à doação de  adequado terreno e significativa ajuda financeira, sem nada pedir em troca, para ser construído neste momento de incertezas um matadouro paliativo, evitando inúmeros transtornos administrativos, pessoais, econômicos, sociais, previstos com a adotada medida.Torcemos por um Triunfo melhor e assumimos nossas posições, gostem ou não.

Marchante – aquele que compra o gado aos criadores e o vende aos talhantes ou açougueiros.