A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara, que foi constituída pelo governador Eduardo Campos por pessoas de grandes relevâncias Jurídicas, Política e Social do nosso estado, deveria iniciar com um esclarecimento para todos os pernambucanos da morte trágica, violenta e de uma crueldade sem limite em 1969 do nosso querido Padre Henrique.
No dia em que o Padre Henrique foi sequestrado estávamos saindo de uma das muitas reuniões promovida por ele, o Encontro com Jovens. Eram reuniões com um sentido de orientar os jovens da época em diversos aspectos e nunca nessas reuniões se falou em política ou mesmo no regime em que estávamos vivenciando, a ditadura militar.
Até hoje acredito, e também pessoas que conviveram com o Padre Henrique, que todos tinham por ele uma admiração pela sua inteligência e sua maneira muito evoluída e simples de transmitir suas mensagens e os seus conselhos. O Padre Henrique era como se fosse não somente um excelente professor, mas, com o seu carisma e isso incomodava muitos intelectuais da época, um verdadeiro guru.
Em todos os comentários que se faz sobre o seu assassinato falam que por ele ter sido da mesma linha ideológica de Dom Hélder, os seus assassinos acharam que matando o padre Henrique intimidava Dom Hélder Câmara. Foi para nós jovens da época uma grande perda. Ficou um vazio em todos que tiveram o privilégio de participar das suas mensagens dos seus conselhos e de ser seu amigo.
Seria uma grande satisfação a toda sociedade pernambucana, seus familiares e seus amigos se houvesse um esclarecimento melhor, mais convincente pela Comissão da Memória e Verdade o porquê e quem fez está barbaridade tão desnecessária com um ser humano que só queria o bem e a felicidade de todos que com ele conviveram.
Espero que um dia essa crueldade promovida pelos agentes do DOPS-Recife vinculados à repressão da ditadura militar seja reparada com a apresentação dos responsáveis.
ResponderExcluirO procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, entregará ao governador Eduardo Campos a denúncia-crime do então procurador-geral Telga Araújo (1988) contra os mandantes do assassinato do padre Henrique e os documentos sobre a investigação do crime há 43 anos.Para ser entregue à Comissão da Verdade.
ExcluirCOM ESSA COMISSÃO DA VERDADE, MUITA ÁGUA AINDA VAI ROLAR POR BAIXO DA PONTE....
ResponderExcluirUma barbaridade que merece ser punida seja quem for o responsável!
ResponderExcluirA Comissão da Verdade já encara dificuldades com o ministro da Defesa na busca dos arquivos militares.
ResponderExcluirQuanta covardia com o Padre Henrique! Crimes que aconteceram durante a Ditadura Militar me comovem muito, principalmente aqueles em que famílias até hoje procuram os restos mortais dos entes queridos.É muito duro.
ResponderExcluirA comissão vai se deter nos casos ocorridos em Pernambuco ou vai investigar crimes contra pernambucanos cometidos fora, como o caso de Fernando Santa Cruz, por exemplo, desaparecido no Rio de Janeiro?
ResponderExcluirO procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, entrega dia 14.06., à Comissão da Verdade, as quatro caixas ( 13 volumes) com todo o processo sobre o assassinato do padre Henrique, em 1969.
ResponderExcluirTenho pouca confiança no resultado disso tudo.
ResponderExcluirQuando uma pessoa é bem vista pela sociedade, isso provoca sentimentos de inveja, raiva, ciúme, mesmo sem saber porque, convivemos dia a dia com esse tipo de pessoas que se encontram intranhadas em meio as pessoas boas, dignas e de coração puro. Infelizmente é assim... os bons sempre são apedrejados.
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