PADRE EDILBERTO ASSALTADO NA CASA PAROQUIAL‏

Padre Edilberto Aparecido Brasil de Sá

A sensação de medo  continua e aumenta a cada dia em Triunfo, sem que as necessárias providências sejam tomadas pelas autoridades municipais e estaduais. Estamos relegados à nossa própria sorte, sem ter quem nos defenda dos bandidos. As notícias de violência chegam à redação com inquietante frequência e estampamos no blog e jornais com a intenção de contribuir para uma solução definitiva, já que estamos cansados das medidas paliativas de sempre, sem qualquer serventia e apenas com a finalidade de iludir a atormentada população triunfense, refém de um policiamento insuficiente com apenas três policiais militares rondando em uma viatura por dia e um agente civil plantonista para fazer registro na delegacia. Isso para cobrir também os distritos de Canaã e Jericó e demais sítios. Parece ser  uma brincadeira de mau gosto bancada pela Secretaria de Defesa Social - SDS, porque a cidade com inquestionável vocação turística recebe um número significativo de visitantes nas festividades, finais de semana e feriados e ao longo dos anos aumentou em muito a sua população residente, tendo assim como em outros municípios sofrido com a grande influência visível das drogas, traficadas e utilizadas, sem que haja qualquer orientação preventiva ou combate eficaz.

Apesar da pregação, concepção, planejamento, e das boas intenções, o programa do governo estadual para enfrentar a violência - "Pacto pela Vida", não consegue dar ao cidadão comum a menor impressão sequer de se poder viver aqui em tranquilidade como antigamente, quando as lei eram mais brandas e os conceitos definidos prejudiciais, mas contava o município com: delegado, comissário, escrivão e equipe de  três agentes no expediente da Delegacia de Polícia e  sub-tenente, sargento, dois cabos e oito soldados diariamente no Destacamento da PMPE. E nos distritos de Canaã e Jericó, havia postos policiais instalados. O que houve com tamanha contradição na mudança dos tempos e a chegada dos momentos mais violentos atuais? Realmente não dá para entender e temos que ficar assim submetidos a um ilusionismo sem sentido.

Nem a quebra de quase 30% no mínimo de homicídios registrados nos últimos anos de acordo com a imprensa oficial, foi capaz de ser traduzida em uma sensação generalizada de que as coisas estão melhorando na área da segurança. Até porque aumentam substancialmente aqui no município o número de roubos e furtos. Tem sido constante os arrombamentos de residências, casas comerciais e agora nas últimas semanas, assaltos a transeuntes, veículos, comércios e moradores. A semana passada assaltaram dois mercadinhos e duas farmácias em distintos turnos, na maior tranquilidade e ontem aconteceu um fato que revoltou toda a população do "Oásis do Sertão", pela ousadia e falta de respeito, coisa que jamais ninguém imaginava acontecer antes, em uma localidade considerada das mais pacatas da região e do interior de Pernambuco.

Por volta das 15 horas, o padre Edilberto Aparecido Brasil de Sá, quando se encontrava nos preparativos para a tradicional procissão de Corpus Christ, na Casa Paroquial, situada na Praça Monsenhor Eliseu Leal Diniz, Centro, foi assaltado por um meliante, com aproximadamente 45 anos, 1m 70 cm, de cor morena escura, exalando cheiro estranho e apresentando sinais de drogado, portando arma de fogo que adentrou no interior daquele recinto, invadindo seu aposento particular e passando a agredir o religioso com o revólver o tempo todo manido na sua barriga, conseguindo levar uma determinada quantia em dinheiro pertencente à paróquia e destinado ao pagamento dos trabalhadores empenhados na pintura interna da nossa Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, fugindo logo após em um veículo não identificado (comentam ter sido um Fiat estacionado nas proximidades com outro bandido aguardando no volante) para local incerto e não sabido, sob às vistas da senhora Nildecire Brás de Souza que havia acabado de chegar ao local e ficou em estado de choque, somente depois tendo relativa força de avisar a alguns populares que transitavam no momento. O padre Edilberto Brasil, após cumprir os rito da procissão sem fazer qualquer pronunciamento e bastante abatido pelo grave acontecimento, dirigiu-se a DP e registrou queixa ao policial permanente,  tendo hoje o comissário "Beton (Herbeton Virgínio)" e o escrivão "Bel" (Waldson Santos) com a equipe da delegada Andressa Gregório Lima, iniciado as investigações para elucidação do caso, que parece estar ficando corriqueiro.