Parece que definitivamente o Francisco assumiu a condição de líder da Igreja Católica Apostólica Romana, e, se não dela, pelo menos da grande maioria dos católicos comuns espalhados pelo mundo. Na sequência de sua atuação no Brasil, angariou também a admiração dos líderes de outras religiões antagônicas ou não ao catolicismo, como é o caso dos mulçumanos daqui que não lhe pouparam elogios e respeito com aparência genuína.
O exemplo de simplicidade e humildade carrega a enganosa sensação de ingenuidade. Apenas enganosa, porque soube perceber e recusar a intenção do combalido governo brasileiro de introduzir a imagem papal no cenário das preocupações políticas, como uma tábua de salvação, ou, no mínimo, fator de mitigação de crise e de reconquista do prestígio pulverizado. Embora criticando fortemente a descriminalização das drogas, teve o cuidado de evitar assuntos como corrupção e outros malfazejos, tudo para evitar a politização da sua visita. Por fim elogiou o protesto dos jovens e desafiou a Igreja a “sair”, sob pena de se transformar em uma ONG. Bravo! Até Leonardo Boff, atualmente amordaçado pela intolerância episcopal, renova as esperanças no Papa.
A grave questão que remanesce para o Papa está ainda em Roma, uma vez que a estrutura herdada e que aparentemente determinou a renúncia de Bento continua lá praticamente intocada. Ainda agora nomeou um dos seus para o Banco do Vaticano, que logo revelou a incompatibilidade com o cargo, face ao passado sexual nebuloso, no Uruguai.
São forças poderosas e viciadas há muito alentadas na Cúria Romana que permanecem intocadas até aqui, e seu enfrentamento será o grande desafio do Francisco.
Sendo um verdadeiro líder, esperemos que vença essas dificuldades.
Parece que definitivamente o Francisco assumiu a condição de líder da Igreja Católica Apostólica Romana, e, se não dela, pelo menos da grande maioria dos católicos comuns espalhados pelo mundo. Na sequência de sua atuação no Brasil, angariou também a admiração dos líderes de outras religiões antagônicas ou não ao catolicismo, como é o caso dos mulçumanos daqui que não lhe pouparam elogios e respeito com aparência genuína.
O exemplo de simplicidade e humildade carrega a enganosa sensação de ingenuidade. Apenas enganosa, porque soube perceber e recusar a intenção do combalido governo brasileiro de introduzir a imagem papal no cenário das preocupações políticas, como uma tábua de salvação, ou, no mínimo, fator de mitigação de crise e de reconquista do prestígio pulverizado. Embora criticando fortemente a descriminalização das drogas, teve o cuidado de evitar assuntos como corrupção e outros malfazejos, tudo para evitar a politização da sua visita. Por fim elogiou o protesto dos jovens e desafiou a Igreja a “sair”, sob pena de se transformar em uma ONG. Bravo! Até Leonardo Boff, atualmente amordaçado pela intolerância episcopal, renova as esperanças no Papa.
A grave questão que remanesce para o Papa está ainda em Roma, uma vez que a estrutura herdada e que aparentemente determinou a renúncia de Bento continua lá praticamente intocada. Ainda agora nomeou um dos seus para o Banco do Vaticano, que logo revelou a incompatibilidade com o cargo, face ao passado sexual nebuloso, no Uruguai.
São forças poderosas e viciadas há muito alentadas na Cúria Romana que permanecem intocadas até aqui, e seu enfrentamento será o grande desafio do Francisco.
Sendo um verdadeiro líder, esperemos que vença essas dificuldades.
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