segunda-feira, 30 de setembro de 2013

RELÍQUIA - HOMENAGEM PÓSTUMA A DONA ANA BEZERRA CAMPOS - DISCURSO DA PROFª MARIA JOSÉ BARBOSA (ZEZE)

 HOMENAGEM PÓSTUMA À FAMÍLIA CASTILHO CAMPOS
PELOS 100 ANOS DA MÃE: ANA BEZERRA CAMPOS

ZEZÉ BARBOSA
Atendendo à confiança da minha prezada amiga e ex-aluna Maninha, que me escolheu para homenagear a matriarca da família de Manoel Castilho Campos pelos seus 100 (cem) anos de existência: Ana Bezerra Campos, nossa estimada conterrânea Nininha, pessoa que todos nós conhecemos e admirávamos, aqui estou: - Superando as dificuldades da saúde e a fragilidade da idade, para não faltar a este compromisso, aqui estou.
A escolha me proporcionaria o ensejo de demonstrar meu imenso e sincero apreço pela aniversariante e por todos os seus filhos.Mas Deus tem os seus desígnios, quase sempre imutáveis, que fogem aos nossos planos. Nós nos preparávamos para uma festividade que reuniria a família e os amigos. Agora estamos prestando u’a homenagem póstuma. Três dos filhos de Nininha foram meus alunos. Dinah, além de ex-aluna é minha afilhada de Crisma. Ilka estudou com Norma.Tudo isso nos aproximava da família que hoje está de luto.
Não houve festa na Terra; mas certamente o Céu se rejubila pela chegada de uma esposa e mãe que, nesta Terra cumpriu com seriedade, honradez e amor a missão que Deus determinou para ela.
A família de Nininha levou a filha querida e inteligente, como seus pais notaram, para estudar em Recife, no Colégio das Damas, um dos mais famosos do Estado.
Naquele tempo, o único acesso para o Recife era o trem que apanhava-se em Rio Branco, hoje Arcoverde. E até esta cidade viajava-se com muitos sacrifícios, inúmeras dificuldades.
Lá, nossa homenageada recebeu educação esmerada. Só as famílias em boa situação financeira mantinham as filhas até a conclusão do Curso. Nininha estudou 7 anos no mesmo Colégio, concluindo seus estudos. Foi muito empenho da família e da nossa querida homenageada.
Nininha e Castilho mereceram que seja registrado, nesta hora, para nunca ser esquecido pelos triunfenses, o “Ato” de desprendimento deste admirável casal, ato de generosidade e de verdadeiro altruísmo: quando as Madres Franciscanas chegaram a Triunfo, vindas da Alemanha, com o objetivo de implantar aqui o Colégio “Stella Maris”, Nininha e o esposo, vendo que as irmãs não receberam nenhuma casa para residir, entregaram a sua residência, a casa onde estavam morando, com todos os móveis e pertences, para as Irmãs Religiosas. –
Foi tão profunda e extensa a compreensão do casal pelo bem que a Congregação traria a Triunfo e às Cidades vizinhas, que Nininha e Castilho não vacilaram na oferta.Só pessoas especiais são capazes de tamanha renúncia e generosidade.
Esta história, tão bela quanto rara, me fez lembrar de uma frase de Dom Adelmo Machado, ínclito bispo de Pesqueira, pronunciada aqui em nossa Matriz de N. Sra. das Dores, numa de suas homilias: “Ninguém imagina a extensão do BEM que faz, quando faz o BEM”.
A resposta de Deus para o gesto ímpar dessa família, e de Nininha como esposa e mãe, foram os seus filhos: bons, inteligentes, instruídos, educados e de relacionamento social muitíssimo positivo.
Terminando , deixo-vos ainda uma emocionante mensagem de Dom Ramon Angel Jará, Bispo do Chile, sobre a:

MÃE

Existe uma mulher que tem um pouco de Deus pela imensidão do seu amor, e muito de anjo pela incansável solicitude de seus de seus carinhos./Uma mulher que sendo jovem tem a reflexão de uma anciã./E na velhice trabalha com o vigor da juventude. /Uma mulher que se é ignorante desvenda os segredos da vida com mais acerto que um sábio,/ e se instruída adapta-se à simplicidade das crianças./Uma mulher que sendo pobre se satisfaz com a felicidade dos que ama / e sendo rica daria com prazer uma fortuna para não sofrer em sua alma a injúria da ingratidão./ Uma mulher que sendo forte, estremece com o gemido de uma criança,/ e sendo frágil se reveste, às vezes, da força de um leão./ Uma mulher que enquanto viva, às vezes, não sabemos estimar, mesmo sabendo que ao seu lado todas as dores são esquecidas./ Mas depois de morta daríamos tudo o que temos para vê-la novamente, um só instante, para receber dela um abraço, para ouvir dos seus lábios uma única palavra.
RESIDÊNCIA DA FAMÍLIA CASTILHO CAMPOS
TRIUNFO - PE

Por: HIRAM CAMPOS

2 comentários:

  1. Joselaide Vasconcelos1 de outubro de 2013 às 16:59

    Merecida Homenagem!
    D, Nininha, tenho-a na minha lembrança com carinho. Sempre elegante em todos os seus gestos e pronunciamentos. Uma Grande Mulher!

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