segunda-feira, 31 de março de 2014

HÁ 50 ANOS O GOLPE MILITAR MUDAVA O BRASIL - 31 DE MARÇO DE 1964 - 2014

Relembre as principais datas que marcaram a ditadura militar brasileira

 Em 31 de janeiro de 1961, Jânio Quadros, eleito com 5,6 milhões de voto e João Goulart, vice, tomam posse. Em 25 de agosto de 1961, Jânio renuncia. Assume então o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, já que João Goulart estava no exterior. Em 7 de setembro de 1961, João Goulart assume a presidência e Tancredo Neves o cargo de primeiro ministro.


19 de março de 1964: Em reação às reformas de base, a 'Marcha da Família com Deus pela Liberdade' reúne mais de 500 mil pessoas em São Paulo. No dia 31 de março, o golpe militar começa com o deslocamento das tropas do general Mourão Filho em direção ao Rio de Janeiro. Dois dias depois, João Goulart, deposto, parte para Porto Alegre, e de lá para o exílio no Uruguai. Ranieri Mazili assume a presidência interinamente.


9 de abril de 1964: É decretado o primeiro Ato Constitucional. Eleição para Presidente da República é marcada para 3 de outubro de 1965. Em 15 de abril de1964, o Marechal Castelo Branco assume a presidência. Em junho do mesmo ano, Juscelino Kubitschek e de mais 39 políticos são cassados.


27 de outubro de 1965: Castelo Branco decreta o AI-2, partidos e eleição direta para presidente são extintos. Os próximos presidentes seriam Costa e Silva (empossado em 16 de março de 1966) e Emílio Garrastazu Médici (empossado em 30 de setembro de 1969). Os generais Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo seriam empossados em 15 de março de 1974 e 15 de março de 1979, respectivamente.


Em 29 de março de 1968, o estudante Edson Luís de Lima Souto foi morto a tiros em confronto com a polícia, no restaurante Calabouço, no Rio. Em junho do mesmo ano, acontece a Marcha dos 100 mil (foto), quando manifestantes saíram às ruas no Rio para protestar contra a ditadura.

Em 13 de dezembro de 1968, militares pedem à Câmara licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves. Parlamentares negam. No mesmo dia, o 'Estado' critica regime no editorial 'Instituições em Frangalhos', e é impedido de circular. Instala-se a censura dentro das redações. O AI-5 fecha o Congresso, suspende garantias constitucionais, como o habeas corpus e concede enormes poderes ao governo federal.

Em 31 de agosto de 1969, uma Junta Militar governa o País após Costa e Silva ficar incapacitado por uma trombose. Em setembro do mesmo ano, acontece o sequestro do embaixador dos EUA, Charles Elbrick. No mesmo dia do sequestro, o AI-14 instaura pena de morte no País.
Em 4 de novembro de 1969, Carlos Marighela, líder da ALA (Aliança Libertadora Nacional) é morto a tiros. Em 17 de setembro de 1971, o ex-capitão do Exército Carlos Lamarca (foto) e comandante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) também é morto.

Em 25 de outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog era morto do DOI-CODI. Versão oficial dizia que ele se suicidou por enforcamento.

27 de agosto de 1979: Três bombas explodem em um único dia no Rio de Janeiro. Na OAB, bomba mata a secretária Lida Monteiro da Silva. Em 30 de abril de 1981, duas outras bombas explodem no Centro de Convenções Riocentro durante show comemorativo ao 1º de maio. Um militar morre e outro fica gravemente ferido.

16 de abril de 1984: Na Praça da Sé, em São Paulo, mais de 1 milhão no último comício das Diretas-Já. Porém em 25 de abril, a emenda para eleições diretas não é aprovada. Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves (PMDB) vence no Colégio Eleitoral, com 480 votos contra 180 do deputado Paulo Maluf. A um dia da posse é operado. No lugar assume Sarney. Três meses depois, Tancredo Neves acabaria morrendo.


5 de outubro de 1988: Entra em vigor a nova Constituição promulgada pelo presidente da Assembleia Nacional Constituinte, deputado Ulisses Guimarães. Em 17 de dezembro de 1989, após 29 anos, a população brasileira escolhe o presidente da República por meio de voto direto. Fernando Collor de Mello vence Luiz Inácio Lula da Silva.


Fonte: MSN/Estadão

5 comentários:

  1. Adailton Luiz Vasconcelos31 de março de 2014 às 11:50

    Cinco décadas depois, 1964 não acabou. Temos uma democracia consolidada, voltamos a eleger presidentes mas há um País ainda dividido. Há a sociedade civil, há uma sociedade militar. Faltam muitas respostas, esclarecimentos. Onde estão os mortos e desaparecidos? Quem mandou? Quem executou? A Comissão da Verdade conseguirá a verdade histórica?

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    1. Período negro que não desejo jamais.

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  2. Tereza Carneiro Leão31 de março de 2014 às 12:44

    Em 1964 o Ibope mostrava o País dividido e Jango popular. Às vésperas do golpe que o destituiu e implantou um regime amparado pela opinião pública ( como se justifica hoje), o presidente João Goulart mantinha popularidade estável.

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  3. Macineide do Nascimento31 de março de 2014 às 21:40

    Um período que fez história e teve repercussão no que somos hoje.

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  4. Seus panacas otários, aguentam agora o pau do Mensalão, Petrolão, Lava Jato, Pixuleco, Pedaladas e ect.!

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